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Belmonte espera receber 70 brasileiros até final do ano

O presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, disse na última Assembleia Municipal que, segundo as previsões que tem, até final do ano deverão chegar ao concelho cerca de 70 cidadãos brasileiros, ao abrigo do acordo que a autarquia tem com a empresa Wit Software, que já está a operar na vila.

“Até final do ano teremos 30 técnicos da empresa, e com as famílias, cerca de 70 pessoas” disse o autarca.

Recorde-se que em Abril a Câmara assinou com esta empresa de informática, sediada em Coimbra, um acordo para a criação de um programa de inovação digital no município, que inclui a criação de um centro de desenvolvimento tecnológico e a contratação de profissionais de software, portugueses e estrangeiros. “A empresa compromete-se a trazer técnicos qualificados na área da engenharia informática para Belmonte, com as famílias, no sentido de aqui poderem ficar a trabalhar. Vão ter todas as condições para isso. Estão a dez ou 15 minutos da Covilhã, ou da Guarda, têm hospitais, cinemas. Têm a certeza que têm aqui muita tranquilidade, ar puro, e a possibilidade de educarem convenientemente os seus filhos, em segurança e a garantia de estarem numa terra de tolerância.  A Câmara compromete-se a arranjar habitação para estes engenheiros e durante um ano é da nossa responsabilidade o pagamento da renda. Já os compromissos de água e electricidade são da responsabilidade ou da empresa, ou das pessoas que vêm. Passado um ano, a empresa e pessoas que cá estiverem, terão que se entender. O nosso compromisso é de um ano” garantia então ao NC o presidente da autarquia.

Na passada quinta-feira, 30 de Junho, o autarca, questionado pelo deputado do PSD, Carlos Gomes, que disse ter-se apercebido da presença de brasileiros no concelho “mas para trabalharem noutras coisas”, revelou aos deputados municipais que até final de Julho estarão a trabalhar no concelho 12 técnicos da empresa, e, no total, com familiares, estarão por cá 25 brasileiros. Até final de Setembro esse número subirá para 20 técnicos e 40 cidadãos, sendo que, no final do ano, no total, estarão 70 novos moradores em Belmonte. Dias Rocha garantiu ainda que neste momento ainda não são mais porque “a obtenção de vistos é muito demorada”.

Segundo o autarca, já foram alugadas pela Câmara 12 habitações (oito delas em Belmonte), com rendas entre os 350 euros (sem mobília) e 600 euros (todas mobiladas). Recorde-se que em Abril o autarca dizia não haver muitas casas para o mercado de arrendamento, pelo que apelava a quem as tivesse que as recuperasse. “Que o façam, pois vai haver mercado para elas” afirmava.

Segundo a empresa, o projecto “Belmonte Connect” visa minimizar alguns dos principais problemas estruturais de Portugal: “a enorme falta de pessoas em idade activa para trabalhar em Portugal, a falta de profissionais qualificados em áreas tecnológicas, e o despovoamento da região do Interior. Luís Moura e Silva, fundador e CEO da WIT, afirma que “um dos desígnios da empresa passa por contribuir para o desenvolvimento do País, e o concelho de Belmonte é um retrato fiel do problema demográfico português que temos que resolver para que as que as gerações vindouras encontrem um país melhor, com oportunidades de trabalho e onde se possam fixar”.

Até ao final de 2025, a WIT ambiciona contratar mais de 300 engenheiros, nacionais e internacionais, para actuar nos seus escritórios.

António Dias Rocha frisava, em Abril, que o projecto “Belmonte Connect” é fundamental para o desenvolvimento da economia local, potenciando mais e melhores oportunidades de emprego qualificado. É também determinante para inverter a situação de desertificação do nosso território e o êxodo das populações. Irá, igualmente, contribuir para a coesão territorial da região e do Interior do País”.

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