“No momento de grande apreensão que estamos a viver, faço duas recomendações: vamos todos cumprir rigorosamente todas as orientações que as autoridades já deram ou possam vir a dar, conforme o evoluir da crise; confiemos a nossa vida pessoal e a das pessoas em geral ao Senhor da vida e da história, na certeza de que das dificuldades e sofrimentos que as circunstâncias nos impõem é possível retirar lições quanto a formas renovadas de valorizarmos a nossa vida e a vida dos outros.” É este o apelo deixado pelo Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, devido aos dias vividos no País e região devido ao coronavírus, Covid-19, que desde a passada quinta-feira, afirma, ganhou “contornos especialmente preocupantes.”
O prelado lembra as recomendações “muito concretas na nota episcopal publicada na última sexta-feira” e que os Párocos, particularmente no domingo seguinte, comunicaram a todas as comunidades. Dessas recomendações fazem parte, entre outras medidas, a suspensão de todas as celebrações comunitárias, à semana e ao domingo, com “excepções compreensivas”, como é o caso dos funerais. “Nestes tempos de excepção, convidamos as famílias a viverem o espírito deste tempo quaresmal, nomeadamente com oração diária e mais intensa, neste tempo de Quaresma; e que o domingo seja assinalado, sobretudo com a leitura e meditação da Palavra de Deus própria desse domingo. A oração da via-sacra, com meditação dos passos de Jesus em direcção ao calvário e a oração do terço igualmente com meditação dos mistérios de Cristo são também recomendáveis” afirma D. Manuel. Que lamenta que nesta Quaresma, e quando se aproxima a Páscoa, a população não possa participar em celebrações comunitárias. Mas “como lembrou o Papa Francisco, estaremos atentos às orientações e propostas que através dos meios disponíveis, como são as redes sociais, nos vão sendo dadas por aqueles a quem o Senhor confiou a nossa orientação na Fé. Por isso, recomendámos aos sacerdotes que estejam contactáveis e disponíveis para todas as solicitações que lhes sejam feitas e também para que possam ter iniciativas de comunicação com as pessoas através dos actuais novos meios de comunicar”. O Bispo da Guarda aconselha a que se viva este tempo “em família”, com meditação, renúncia, substituindo assim algumas manifestações comunitárias.
(Notícia completa na edição papel)