O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, pediu esta semana, em carta aos diocesanos, que estejam atentos a situações de solidão e abandono decorrentes de novas necessidades que apareçam devido à pandemia do covid-19.
“Da nossa Fé deriva o imperativo especial de estarmos atentos aos que mais precisam. E é natural que as actuais condições de pandemia façam aparecer novas necessidades, às quais queremos estar atentos. É preciso que estejamos próximos dos mais necessitados e dos que mais sofrem, procurando responder sobretudo às situações de solidão e abandono. Pode acontecer que, nestas circunstâncias especiais as pessoas mais fragilizadas pela idade ou outras razões exijam o nosso empenho mais directo e precisem que lhe ofereçamos os nossos serviços, mesmo tendo de correr alguns riscos. Se tal acontecer, tenhamos a certeza de que é o Senhor a convidar-nos para não passarmos ao lado, diante do irmão estendido à beira do caminho” frisa D. Manuel.
O Bispo da Guarda apela a que se sigam as orientações das autoridades, de não sair de casa e evitar relações sociais presenciais, mas “sem deixarmos de utilizar os meios necessários para não perdermos o contacto com as pessoas, como sejam o telefone e outros, vamos procurar que a Fé no Senhor Ressuscitado seja a força que nos motiva para o serviço que nos for pedido, sem descurarmos os que estão mais perto de nós, a começar pelo espaço das nossas famílias.” Para D. Manuel este tempo de paragem forçada também “pode ajudar-nos a ver como é que as nossas comunidades hão-se saber reorganizar-se para conseguirem melhores resultados na vivência da Fé e nos seus efeitos quer para dentro quer para fora da Igreja.”