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Bodo do Espírito Santo retomado 400 anos depois em Peraboa

A Associação Cultural e Recreativa de Peraboa e a Paróquia de Peraboa celebram  sexta-feira, 2, e sábado, 3, a Festa do Divino Espírito Santo.

Esta é uma festa antiga, e que no passado marcava o calendário dos emigrantes. Os festejos foram recuperados pela associação, com o objetivo de valorizar todas as tradições ligadas ao culto do Espírito Santo: “Em Peraboa temos algo incomum, que mostra bem a importância do culto na vida dos peraboenses. A aldeia tem uma rua, um largo, uma oliveira, um cruzeiro, uma capela, um lar, uma imagem, uma confraria, que mostra bem a admiração que as pessoas têm pelo culto, e bem perto da nossa terra, o Rio Zêzere, apelidado por Jaime Cortesão o Rio do Espírito Santo. Não poderei deixar de falar da localização da Capela, que fica junto à principal via romana, a principal porta de entrada da freguesia no passado. Ela olha para o caminho romano, anunciando e protegendo quem passa, quem sai e quem entra, o Caminho do Espírito Santo” explica Pedro Silveira, historiador. Que lembra outros símbolos, como a questão da eira, onde os homens “malhavam” os cereais, isto é, o centeio e o trigo, “que são a base alimentar do nosso povo, o pão. Esse pão, a farinha vai fazer parte do Bodo do Espírito Santo, que vai ser devolvido à comunidade, quatrocentos anos depois” recorda.

Esta ano será reproduzido o bodo, com a oferta de filhoses e arroz-doce. As cestas irão na procissão e serão benzidas para que o pão nunca falte. “Provocamos um grupo de peraboenses e adquiriu-se a Coroa do Espírito Santo, que estará presente na procissão. É o símbolo maior. A grande novidade será o cortejo com os alimentos,” explica.

Durante estes dias, haverá ainda uma palestra sobre o Culto do Espírito Santo do concelho da Covilhã, no sábado à tarde, com Carlos Madaleno.  As marchas irão subir ao largo do Espírito Santo para interpretarem mais uma dança. “Na sexta-feira, e depois do sucesso, o nosso grupo de marchas irá apresentar-se mais uma vez” explica a organização. Que promete, em janeiro, recuperar outra tradição ligada a São Sebastião.

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