Câmara aprova novo contrato de arrendamento do silo do Sporting

Arrendamento do espaço custa 55 mil euros por ano ao município

A Câmara da Covilhã aprovou na passada segunda-feira, 23, por maioria, um novo contrato de arrendamento do silo-auto do Sporting da Covilhã, a quem o município irá pagar, por um período de 30 anos, uma verba anual de 55 mil euros.

Segundo Vítor Pereira, o clube serrano pedia 60 mil, a autarquia queria dar 50, e num conciliar de vontades estabeleceu-se um valor intermédio. O autarca lembrou que quem arrenda “tem que criar condições” a quem passa a usufruir do espaço, neste caso, a Câmara, mas lembrou que são necessárias obras, num “valor considerável de cerca de 300 mil euros” para que o silo possa estar legalizado e desempenhar a função para a qual foi criado: estacionamento. “O município, ao investir esta quantia, tem que amortizar o valor ao longo do tempo, pelo que 30 anos nos pareceu um período razoável” disse o autarca, adiantando que o acordo de arrendamento anterior foi revogado.

Pela oposição, o vereador da coligação “Juntos fazemos melhor”, Pedro Farromba, recordou que o silo está encerrado há já muito tempo à espera de obras que permitam a sua legalização, e discordou com a opção de fazer um contrato a 30 anos a dois meses das eleições autárquicas. “É algo que não fica bem, devia tentar evitar-se” disse o vereador, justificando a abstenção na votação. E disse que todo este dossier irá “cair” nas mãos de um futuro executivo camarário. “Mesmo tendo em conta a instituição Sporting Clube da Covilhã não podíamos votar a favor” disse.

Recorde-se que a 14 de janeiro a Câmara tinha aprovado a abertura de um novo concurso público para a realização de obras no silo do Sporting, no valor de 300 mil euros, depois de um primeiro ter ficado deserto. Na altura, Vítor Pereira admitiu a possibilidade da autarquia comprar o parque de estacionamento subterrâneo. “É uma possibilidade”, disse, ressalvando que para, que tal acontecesse, teria que se chegar a acordo quanto ao valor “razoável” e teria de ser feita uma avaliação independente do imóvel. No entanto, em assembleia geral, um grupo de sócios opôs-se a um possível negócio e os dirigentes serranos disseram que este era um assunto encerrado.

Desde 2020 até agora o silo do Sporting esteve arrendado pela Câmara ao Sporting da Covilhã, com quem estava acordado pagar anualmente, durante dez anos, 50 mil euros, para que o espaço integrasse o contrato de concessão da mobilidade na cidade. Pedro Farromba tem manifestado preocupações por o silo integrar o contrato de concessão da mobilidade e continuar encerrado. E alertado que esse pode ser um argumento utilizado pela empresa para exigir o aumento de lugares tarifados ou o aumento de tarifas, alegando incumprimento do contrato.

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