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Câmara da Covilhã quer comprar antigo Espaço das Idades

Município pretende instalar no edifício as oficinas do Departamento de Obras

A Câmara da Covilhã está em negociações com a RUDE – Associação de Desenvolvimento Rural para a aquisição do Mercado Popular, edifício onde funcionou o Espaço das Idades, perto do pavilhão do Inatel.

O anúncio foi feito na Assembleia Municipal de dia 30 de setembro pelo presidente da autarquia, Vítor Pereira, que informou que a verba prevista este ano para essa finalidade passa para o próximo ano.

Segundo o edil, a compra do imóvel “permitirá a transferência dos trabalhadores afetos ao Departamento de Obras e Planeamento”. “Todos achamos que os nossos trabalhadores devem ter melhores condições é isso queremos criar”, acrescentou.

De acordo com Vítor Pereira, enquanto decorrerem as obras os trabalhadores “vão para outro sítio”, mas prevê-se que essa alteração aconteça só em 2025.

As más condições das instalações das oficinas municipais têm sido uma denúncia recorrente nos últimos anos. Tanto a oposição como o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) alertaram para a necessidade de melhores condições de trabalho.

Em janeiro de 2022 os eleitos da coligação CDS/PSD/IL alertaram numa sessão pública do executivo para a falta de condições dos pavilhões do Departamento de Obras e Planeamento, referindo que se as instalações fossem de uma empresa privada já estariam encerradas.

“Se estas instalações fossem de uma qualquer empresa privada, estariam já encerradas, pois não respeitam as condições de segurança, higiene, salubridade e conforto que a legislação obriga para as atividades e trabalhadores aí existentes”, alertou Pedro Farromba, há quase três anos.

No local trabalham cerca de cem pessoas e a oposição afirmou ter ficado “chocada” com o que observou no local, criticando a maioria socialista.

O presidente da Câmara Municipal, Vítor Pereira, admitiu na altura que as condições eram más e adiantou ser intenção da autarquia dotar esses espaços “de condições de higiene, saúde e salubridade”.

O edil garantiu que durante este mandato as obras de melhoramento seriam feitas “na totalidade”, tendo prometido em janeiro de 2022 que o assunto ficará resolvido “mais próximo deste início de mandato do que do final”.

O STAL reivindicava há dois anos uma intervenção urgente, em vez “de remendos”. Segundo a estrutura sindical, falta um refeitório digno, falta estanquidade da caixilharia, o que deixa expostos os trabalhadores a valores extremos de temperaturas durante todo o ano, assim como nos vestiários, onde também não existe climatização.

O STAL acrescentava que o mesmo acontece nos espaços operacionais, mecânica ou carpintaria, que não têm condições de luminosidade, as correntes de ar são constantes, o piso é inadequado e não existem espaços de convívio onde os trabalhadores possam descansar durante a pausa, ou aguardar a chamada para o trabalho.

“Nas oficinas, sitas no Parque Industrial do Canhoso, entra água nos balneários e não possuem climatização. A existência de um depósito de recolha de resíduos no espaço exterior, perto dos armazéns, torna insuportável os cheiros, que se intensificam no verão”, continuou o sindicato do setor.

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