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Câmara de Belmonte mete IP em tribunal

Dias Rocha anuncia que há quatro processos em tribunal contra a Infraestruturas de Portugal e outras empresas, por danos nas vias municipais. E condena tratamento discriminatório do governo para com Belmonte, em relação a concelhos vizinhos

A Câmara de Belmonte tem a decorrer, em tribunal, quatro processos contra a Infraestruturas de Portugal (IP) e outras empresas, por danos provocados, e não reparados, nas estradas do concelho, aquando das obras de modernização da Linha da Beira Baixa.

“Temos quatro processos em tribunal contra a IP e as empresas que andaram aqui a fazer as obras. A lei diz que do que danificaram, tinham que pagar indemnizações” anunciou na passada sexta-feira, 27, durante a Assembleia Municipal, o autarca belmontense.

Há anos que a autarquia reclama ser ressarcida pelos estragos provocados, em diversas vias concelhias, durante as obras na ferrovia, e tem falado com Governo e IP para que assumam a reparação das mesmas, mas até hoje, nada aconteceu. O mau estado das estradas concelhias tem sido alvo de contestação, não só por parte de populares, como dos próprios autarcas. Dias Rocha diz que tem feito pressão junto das entidades responsáveis, mas de pouco tem valido. E até critica o tratamento diferenciado que outras autarquias, como a Covilhã, têm em relação a Belmonte. “A IP assumiu fazer obras na Covilhã, aqui não. E as estradas lá sofreram muito menos que as nossas com as obras da Linha. Talvez o senhor presidente da Câmara da Covilhã seja amigo do senhor ministro. Eu não” disse o autarca belmontense.

Dias Rocha, no entanto, promete que “com apoio ou não da IP” diversas vias municipais serão arranjadas. A principal, a ligação entre a Nacional 18, no cruzamento do Ginjal, até à ponte de São Sebastião, em Caria. Mas também, em Belmonte, a ligação entre a rotunda norte, com passagem pela vila, e descida até à rotunda sul, o acesso entre a Grasil e Maçaínhas, o acesso às Inguias, ao Monte do Bispo e entrada para o Colmeal da Torre. “Vão ter um novo piso” assegura, acusando a IP de nem assumir vias nacionais. “Entre o Ginjal e o acesso à A23, por Maçaínhas, a estrada nem sequer é nossa. Porque tem que ser a Câmara a assumir” pergunta.

Recorde-se que há meses, a Junta de Freguesia de Caria convocou uma marcha lenta, entre Malpique e a estrada das Ferrarias, para denunciar o mau estado das vias, pedindo à Câmara datas de avanço de obras de requalificação. Segundo Dias Rocha, nas Ferrarias o piso já foi arranjado e em Malpique, as obras estão no terreno.

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