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Câmara de Belmonte promete alcatrão e novas condutas de água em Malpique

Há vários meses que o mau estado da estrada da localidade é contestado. Câmara, que tinha adjudicado a obra, vai lançar novo concurso que abrangerá também a substituição de condutas de água

Sai-se dum, entra-se noutro. Desvia-se para um lado, está outro do lado oposto. É mais ou menos isto que enfrentam os condutores quando passam na estrada de acesso a Malpique, no concelho de Belmonte, há já largos meses. Para não dizer, anos. Algo que muitos contestam, em especial, a Junta de Freguesia de Caria, da qual a localidade faz parte, e que no passado sábado promoveu uma marcha lenta naquele troço para denunciar o problema do mau estado das vias rodoviárias na freguesia. Mas, este constante contornar dos buracos pode estar a caminho do fim. É que a Câmara de Belmonte anunciou na passada semana, em comunicado, a abertura de contratação pública para adjudicar não só um “novo tapete”, mas também novas condutas de água, no valor de 120 mil euros.

O tema tinha sido abordado na última reunião pública do executivo, pelo vereador do PSD, José Mariano, que pediu ao presidente da Câmara, Dias Rocha, que fizesse “a última diligência”, junto do empreiteiro ou a quem de direito, para que, realmente “a estrada de Malpique tenha uma solução urgente”. Na resposta, o autarca confessava que já andava “até cá acima” com este assunto, mas revelava que a obra não se tinha iniciado porque estava prevista uma intervenção “por baixo do alcatrão” face ao constante rebentamento de condutas de água. “Então vamos pôr alcatrão quando aquilo está tudo a rebentar permanente?” perguntava Dias Rocha, adiantando que já estava a ser feito um estudo para uma intervenção integral na via.

Certo é que a Junta de Freguesia de Caria acabou por marcar, para o passado sábado, 10, uma concentração junto à estrada de Malpique, seguida de marcha lenta até outra das vias em mau estado, a estrada das Ferrarias, para denunciar o mau estado das vias rodoviárias na freguesia. A autarquia lamentava que “após meses de espera por respostas ou soluções” continuasse quer a via das Ferrarias, no Monte do Bispo, quer o acesso à localidade de Malpique “em estado lastimável”, denunciando também os “sucessivos rebentamentos da conduta de água potável” de abastecimento à aldeia. Em comunicado, a Junta de Freguesia de Caria acrescentava que tinha solicitado uma reunião com a Câmara, mas não obtivera resposta, pelo que, face ao “descontentamento e reclamações diárias”, decidira por uma ação popular, aguardando da autarquia “esclarecimentos e respostas”.

As mesmas chegariam da Câmara por comunicado. A autarquia belmontense garante que o acesso a Malpique, que já estava adjudicado à empresa Fortunato Canhoto desde 2021, terá nova contratação face ao facto de se ter verificado “a necessidade de se proceder à urgente substituição da conduta de abastecimento de água naquele troço”. Assim, a Câmara suspende o contrato de 2021, e procede à “imediata abertura de procedimento de contratação pública” para a substituição da conduta de abastecimento de água e repavimentação do troço, num valor estimado de 120 mil euros.

A autarquia belmontense anuncia ainda que no que diz respeito à estrada das Ferrarias, no Monte do Bispo, que abriu a 19 deste mês procedimento de contratação pública, tendo sido a obra adjudicada à empresa Bioesfera, Lda, por cerca de 50 mil euros, “estando a obra em condições de se iniciar neste momento”.

Já no que diz respeito à substituição da conduta de abastecimento da água a Malpique, a Câmara de Belmonte anuncia que a 20 de novembro de 2023 abriu concurso público, e que a obra já está adjudicada à firma Mateus e Pinto, por 73 mil 461 euros, e também “em condições de se iniciar neste momento”.

António Dias Rocha, que assina o comunicado, diz no mesmo que entende “alguma da ansiedade que tais situações provocam na população”, mas recorda que o município está “obrigado a agir de acordo com o regime jurídico da contratação pública”, que estabelece prazos e tramitações que “a maior parte das populações e autarcas com pouca experiência desconhecem”.

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