Câmara promete “o apoio possível” a fábrica que ardeu em Vales do Rio

A empresa Jomafil viu chamas destruírem por completo um pavilhão e danificar outro. Existe há 55 anos, emprega 25 pessoas

O presidente da Câmara da Covilhã, Hélio Fazendeiro, prometeu, na passada sexta-feira, 7, na primeira reunião do executivo covilhanense, “todo o apoio necessário e possível” à empresa, e aos trabalhadores da mesma, que ardeu na tarde da passada quinta-feira, 6, em Vales do Rio.

Cerca das 15 horas desse dia, foi dado o alerta: a empresa Jomafil, de reciclagem têxtil, estava em chamas, a nuvem de fumo negro via-se a larga distância, e para o combate às chamas foram mobilizados cerca de 60 operacionais, apoiados por 22 viaturas, segundo Comando Sub-regional das Beiras e Serra da Estrela. Apesar de estar a laborar no momento em que as chamas deflagraram, não houve feridos a registar. Porém, face ao muito material inflamável existente, o fogo só foi dado como dominado já ao início da noite. E acabou por destruir por completo um dos três pavilhões industriais da empresa, danificando ainda outro.

Hélio Fazendeiro, que esteve no local na quinta-feira, no dia seguinte revelou que falou com o proprietário e mostrou disponibilidade da Câmara em ajudar. “Não me conseguiu transmitir a dimensão dos prejuízos, os impactos que terão ou o intuito de reabilitar a unidade fabril” disse o autarca que, contudo, lembrou a importância da empresa no setor económico do concelho. “É uma empresa com 55 anos de existência, de um setor importante. Emprega 25 pessoas e tinha um valor de exportações extraordinário. É uma machadada grande na economia de Vales do Rio e do próprio concelho”, salienta. Hélio Fazendeiro realçou que a empresa estava preparada com meios de deteção de incêndio, meios de combate, incluindo um carro, e dispunha de um depósito de 400 mil litros de água, fundamental para o combate. “Espero que seja possível a empresa recuperar e continuar a sua atividade, que é de grande valor acrescentado” afirma o autarca covilhanense. A Jomafil é uma fábrica de reciclagem têxtil, que produz feltros, nomeadamente para o setor automóvel, calçado, colchões, carpetes ou construção civil.

Segundo Ricardo Vilhena, do comando dos bombeiros da Covilhã, conseguiu-se evitar que as chamas se propagassem a casas, uma vez que a fábrica fica numa zona residencial, as chamas foram difíceis de apagar face ao material inflamável existente, e as causas do sinistro ainda estão por apurar.

Em comunicado, a empresa adianta que o incidente afetou duas das principais linhas de produção e parte dos pavilhões industriais. “A Jomafil nasceu da capacidade de se reerguer e transformar dificuldades em força. Assim será novamente”, promete.

Na reunião de sexta-feira do executivo covilhanense, Jorge Simões, vereador do PSD, desejou que o empresário “consiga recuperar as instalações” e assegurar os postos de trabalho existentes, e disse ter pedido à Câmara que seja “célere no licenciamento de novos pavilhões”.

FOTO: RCB

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2025 Notícias da Covilhã