Dois autocarros e nove carrinhas de diversas entidades do concelho da Covilhã partiram na manhã de segunda-feira, 21, da cidade para a fronteira entre a Polónia e a Ucrânia com ajuda humanitária, para regressarem a Portugal com 150 vítimas da invasão da Rússia em território ucraniano.
A caravana humanitária organizada pelo movimento Cidadania Activa Covilhã contou com o apoio de empresas, particulares e várias entidades para a recolha dos bens e donativos para as despesas logísticas.
No início do mês o mesmo movimento já tinha dinamizado a angariação de recolha de bens e enviado um camião com ajuda para os ucranianos.
Os deslocados de guerra serão posteriormente alojados em famílias de acolhimento sob a coordenação do Serviço Jesuíta aos Refugiados.
Na reunião camarária de segunda-feira, 21, a vereadora com o pelouro da Acção Social na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, frisou que o município está a trabalhar em articulação com o Alto Comissariado para as Migrações e pediu a quem chega da Ucrânia por meios próprios que entre em contacto com os serviços da autarquia, para que seja salvaguardada a verificação da identidade e feitos rastreios de saúde, antes de se tratar do acolhimento em famílias.
A vereadora acentuou ainda que, na ajuda prestada aos refugiados da guerra na Ucrânia está a ser adoptada uma política de “fazer e não mostrar”. Também o presidente, Vítor Pereira, salientou a “política de publicitar o mínimo possível” as iniciativas de apoio, por não “confundir solidariedade com caridade ou caridadezinha”.