A partir de janeiro de 2024 o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) passa a ter em funcionamento a angiografia cardíaca, que permite fazer cateterismos na Covilhã e atuar mais rapidamente, sem ter de se transferirem os utentes para Coimbra, Viseu ou Lisboa, como acontece atualmente.

A data foi apontada pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na segunda-feira, 24, durante uma visita à Covilhã, onde anunciou ter assinado, dia 5, o despacho para a aquisição de um segundo equipamento de angiografia para a criação da Unidade de Cardiologia de Intervenção, naquela que é “a única zona de sombra do país nessa área”, salientou o presidente do conselho de administração do CHUCB, João Casteleiro.

O ministro da tutela referiu ser um serviço para servir toda a Beira Interior e mais próximo das pessoas, além de que, segundo o governante, “a sofisticação deste serviço facilita a atração de jovens profissionais”.

João Casteleiro enfatizou a necessidade de poder fazer na Covilhã a intervenção em caso de necessidade para que não se perca tempo que pode ser fundamental e se conseguir fazer o cateterismo na “janela” indicada para o efeito, evitando que haja quem se desloque de longe para o CHUCB e depois tenha ainda de ser transferido.

Segundo o administrador do Centro Hospitalar, para manusear o equipamento é necessário ter uma equipa treinada para executar as técnicas necessárias, há um cardiologista a fazer formação na área há dois anos e, enquanto não forem recrutados novos elementos e estiver constituída uma equipa local, a unidade vai trabalhar em articulação com serviços de outras unidades hospitalares, nomeadamente de Coimbra.

O valor do investimento não foi revelado, mas João Casteleiro adiantou que o plano de investimento para o período entre 2016 e 2030 previa 1,2 milhões de euros para o efeito, uma verba sujeita a retificação.