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Cedência do Maia Campos escriturada

Autarquia compra campo à família proprietária e cede espaço ao clube. Agora, será colocado sintético para dinamização do futebol, que pode levar ao regresso de uma equipa sénior ao Teixoso

A Câmara da Covilhã anunciou ontem, em comunicado, que assinou a escritura para a cedência do direito de superfície do Campo Maia Campos, no Teixoso, ao Grupo Desportivo Teixosense. O documento foi assinado na quarta-feira, 23, pelo presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, e pelo Presidente do Grupo Desportivo Teixosense, Carlos Fortunato.

“Chega assim a bom porto um processo que se prolongou por cerca de 30 anos e que o atual executivo municipal conseguiu resolver, com o objetivo de ajudar a renascer aquele campo e de incrementar a atividade desportiva na União de Freguesias do Teixoso e Sarzedo” explica a autarquia, que anuncia um investimento a rondar os 300 mil euros, por parte do município: 175 mil euros investidos na compra do campo e os outros 175 mil para “a colocação do relvado sintético.”

Citado no documento, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, salienta a importância desta cedência, lembrando que, assim, se põe fim a um problema que se “arrastou por demasiados anos”. Além disso, vinca o facto de o Município estar a dar seguimento à estratégia de apoio e promoção da prática desportiva em todo o concelho.  “Foi com profundo regozijo, alegria e satisfação que assinei esta escritura. Estamos a ir ao encontro da legítima aspiração do clube e dos teixosenses e a colocar ao serviço de toda a população mais uma estrutura desportiva”, refere.

Recorde-se que o recinto desportivo foi utilizado durante décadas pelo Grupo Desportivo Teixosense, mas, em 2006, os herdeiros da família Maia Campos colocaram uma ação de despejo ao clube, tendo o mesmo, com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã, interposto uma providência cautelar para impedir esta ação. Enquanto o processo decorreu nos tribunais, o espaço manteve-se sem qualquer utilização.

Agora, a autarquia frisa que foi possível, “passados estes anos, firmar um acordo com a família proprietária do recinto para a compra do Campo Maia Campos e, por conseguinte, devolvê-lo à sua função principal: a atividade desportiva.”

Uma cedência que vigora por 20 anos, renováveis automaticamente por sucessivos períodos de 10 anos.  “O processo de reconversão e melhoria do espaço vai agora ser iniciado, contado com o apoio da Associação de Futebol de Castelo Branco” explica a Câmara.

Em junho, na Assembleia Municipal, Vítor Pereira tinha anunciado o acordo para a aquisição do campo de futebol, que depois de passar para o domínio público seria cedido ao Teixosense “por um período largo”. Uma decisão que, em comunicado, a direcção do clube aplaudia. “Será seguramente um passo histórico que mudará para sempre a vida da colectividade e dos teixosenses” frisava o Teixosense, lembrando o diferendo judicial de mais de 20 anos, entre o clube e proprietários. O clube esperava atingir rapidamente o seu “grande desígnio” que passa pela criação de um campo sintético “condigno, com as condições desportivas adequadas para se promover e dinamizar a prática do futebol, desde os escalões mais jovens à criação de uma equipa sénior”. Recorde-se que há já alguns anos que o Teixosense, com participações na antiga terceira divisão nacional, deixou de ter futebol sénior federado, pelo que o regresso ao distrital poderá assim ser uma realidade. “Estamos seguramente mais próximos do dia da inauguração do campo de futebol sintético no Teixoso” apontava a direcção do clube. “Esta será a melhor prenda de aniversário para a colectividade” frisava o Grupo Desportivo Teixosense, que completa 70 anos de existência no dia 7 de Outubro.

 

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