A criação da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI) foi um “momento fundacional” e a prova de que é possível criar no Interior do país escolas médicas de qualidade, disse o ministro da tutela, Manuel Pizarro, na cerimónia que assinalou os 25 anos da criação do curso de Medicina na Covilhã, na sexta-feira, 8.
“A FCS da UBI prova que é possível, mesmo nas zonas de baixa densidade, fazer cursos qualificados que são importantes para o conjunto do país, para o desenvolvimento regional e são decisivos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O que seria do SNS se, na década de 90, o então primeiro-ministro, engenheiro António Guterres, não tivesse criado estas duas novas faculdades?”, sublinhou Manuel Pizarro, referindo-se às unidades da Covilhã e de Braga.
O presidente da FCS, Miguel Castelo Branco, destacou como o ensino na UBI na área da saúde foi “inovador no modelo pedagógico”, considerou a faculdade que dirige “um dos pilares da universidade” e garantiu que continuará a estar na vanguarda e atenta para que os seus profissionais estejam adaptados às novas dinâmicas de atendimento dos utentes e aos novos tratamentos, com recurso às novas tecnologias.
“Os nossos profissionais estão perfeitamente capazes de responder às necessidades de hoje e vão continuar a ser as necessidades das pessoas nas novas perspetivas, usando os novos recursos, incluindo a inteligência artificial, para poder melhorar os cuidados de saúde aos cidadãos”, vincou Miguel Castelo Branco.
O reitor, Mário Raposo, frisou que a FCS, que privilegia um ensino centrado no aluno, em pequenos grupos, “continua a evoluir” e vai ser reforçada a aposta no digital, na robótica, na cirurgia robótica e em “tudo aquilo que é a inovação na área da saúde”, para continuar “na vanguarda do avanço de toda a área científica”.
Segundo o reitor, além de a FCS ter criado ensino na área da saúde onde a fixação de médicos e profissionais de saúde “é bastante difícil”, um papel que, garantiu, “tem sido cumprido” e se revelou “uma boa aposta”, foi também “um marco importante” para a universidade.
“A imagem que criámos em torno da faculdade, da qualidade da formação médica, contribuiu muito para alavancar a imagem da UBI a nível nacional e internacional”, salientou Mário Raposo, para quem o melhor presente que a FCS e a UBI podem receber é a compensação pelos anos de subfinanciamento, para que os alunos possam “continuar a ter as melhores instalações, os melhores equipamentos e o corpo docente fundamental para apoiar as atividades de ensino de uma formação médica altamente qualificada”.
Atualmente frequentam a FCS cerca de mil alunos, metade no curso de Medicina, e os restantes em Ciências Biomédicas, Ciências Farmacêuticas e Optometria. Desde que foi fundada, foram formados na UBI 1837 médicos.
O ministro da saúde salientou que, com o aumento da esperança média de vida, serão cada vez necessários mais cuidados de saúde e o maior desafio é a aposta na promoção da saúde e na prevenção da doença.