As várias operadoras de transporte rodoviário de passageiros, que atualmente têm paragem em diferentes locais da cidade, vão passar a estar centralizados na gare da Auto-Transportes do Fundão. Essa é a intenção do município, que aprovou, por unanimidade, essa solução.
O acordo anunciado entre a Câmara do Fundão e a Auto-Transportes prevê o pagamento de uma renda mensal de 600 euros, durante cinco anos, renováveis, pela utilização de salas e da gare, com um total de nove cais de embarque no interior e no exterior. No local, ao fundo da Avenida da Liberdade e junto à estação ferroviária, já foram feitas obras de melhoramento.
Miguel Gavinhos, vice-presidente do município, explicou que a decisão não foi tomada antes por não se ter chegado a acordo com todos os operadores que prestam serviço no Fundão e que o município “impôs, do ponto de vista negocial, a fixação das paragens” na Auto-Transportes. No caso da Transdev, não há ainda uma resposta positiva e o autarca com o pelouro da Mobilidade não aponta para já uma data para a entrada em funcionamento do espaço.
“Neste momento não podemos fixar data nenhuma. Nós, a partir desta deliberação, estamos a notificar as operadoras que os pontos de paragem passarão a ser na gare da Auto-Transportes. Admito que haja alguma tentativa de negociação e de resposta da parte destas operadoras”, pormenorizou Gavinhos.
Segundo o vice-presidente, a opção pelo local visa responder ao problema de as paragens de recolha de passageiros estarem distribuídas por vários pontos da cidade e de melhorar a comodidade dos passageiros, mas é encarada como uma situação provisória.
“Continua a ser objetivo do município do Fundão construir uma central junto à linha de caminho-de-ferro, mas do lado lá da estação”, frisou. “Existe um anteprojeto, a área também foi classificada como de equipamento no PDM, nós temos esse propósito de encontrar o financiamento para executar essa obra, mas, para já, tentaremos que esta solução se possa concentrar na Auto-Transportes, o que trará seguramente muito maior comodidade para os passageiros”, acrescentou Miguel Gavinhos.