Centro Histórico volta a ser palco das artes de rua

Festival Portas do Sol realiza-se entre 3 e 5 de julho e tem no programa 32 atividades

Dança vertical, circo contemporâneo, concertos, dança contemporânea, instalações artísticas, oficinais, visitas guiadas, atividades infantis e residências artísticas são alguns dos ingredientes da sexta edição do Portas do Sol – Festival de Artes de Rua, que se realiza entre 3 e 5 de julho no centro histórico da Covilhã.

Este ano o cartaz propõe 32 atividades e dia 4, às 22:30, na parede lateral da Igreja de Santa Maria, é a estreia mundial do espetáculo de dança vertical “Volver”, dos argentinos Cia Amor Eterno, inspirado num cruzamento do tango, do fado e do flamengo com a música eletrónica.

Outro dos destaques é o espetáculo de circo contemporâneo “Flotados”, dos espanhóis David Moreno e Cristina Calleja, dia 5, às 22:00, no Pelourinho, onde vai estar um piano suspenso a oito metros de altura.

Outra das novidades é a criação, pela primeira vez, de uma extensão do festival, entre 14 e 18 de julho, em Fornos de Algodres, no distrito da Guarda.

A criação de atividades para o público infantil e juvenil, numa parceria com a Biblioteca Municipal, é uma tentativa de criar uma aproximação a esses segmentos e fazer com que essas faixas etárias “tenham um papel ativo” no festival.

A organização, a Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA), quer com o evento “dar novas vidas ao centro histórico da cidade da Covilhã” e afirmou ter lançado “as sementes para o futuro das artes de rua na cidade” e, com elas, ter promovido a discussão em torno da defesa do espaço público e recuperação do património urbano degradado, colocando-o ao serviço da população.

O diretor artístico do festival, Sérgio Novo, acentuou na sexta-feira, 13, durante a apresentação do cartaz, na Casa dos Magistrados, a “diversidade do programa”, o crescimento, ao longo das edições, do evento, e a ligação às pessoas e ao local onde se realiza.

“Cada vez mais o festival cresce, há um envolvimento das comunidades locais e estamos a conseguir enraizar”, disse Sérgio Novo.

O programador do Festival Portas do Sol, Rui Pires, salientou que o evento vem ao encontro da necessidade de “reparar, preservar e transformar o espaço público” e dar palco às diferentes manifestações artísticas no centro histórico da Covilhã.

As obras que decorrem no Miradouro das Portas do Sol vão obrigar a um reajuste nos locais dos espetáculos, mas a Rua Portas do Sol continua a ser o ponto de partida, onde fica localizada a Street Food, onde há instalações, oferta de livros, o Mercado Negro, feira de artigos em segunda mão, a oficina de circo comunitário para quem queira participar  e aprender, entre 30 de junho e 4 de julho, ou o debate com os candidatos à Câmara da Covilhã sobre os planos para a cultura na Covilhã, dia 3, às 17:30.

A maioria dos espetáculos concentram-se atrás da Câmara e no Pelourinho, com concertos de Xico Gaiato e Onde Habitam as Sombras, dia 3, de Omiri, dia 5, e muitas outras propostas em várias disciplinas.

A vereadora com o pelouro da Cultura, Regina Gouveia, afirmou que o Festival Portas do Sol “traz nova vida e vida diferente ao centro histórico” da cidade e apelidou o evento de um espaço de “credibilidade, diferenciação e relevo”.

“Desde a primeira edição ocupa um lugar muito específico e está a fazer o seu caminho de uma forma cada vez mais relevante e diferenciadora”, acrescentou a vereadora. “A comunidade já está à espera de certas manifestações e expressões artísticas”, continuou Regina Gouveia.

Segundo o diretor artístico, o orçamento é de 98 mil euros, um terço para pagara aos artistas, e a Câmara da Covilhã atribuiu, pela primeira vez, um apoio financeiro, no valor de 25 mil euros, além da ajuda prestada com a logística.

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