Centro Interpretativo do Azeite inaugurado na Coutada

Espaço foi inaugurado no domingo

Todo o ciclo do azeite, a importância do olival na economia local, a forma como se apanha a azeitona, como ela é transformada no lagar, os utensílios que lhe estão associados ao longo dos tempos e as utilizações do produto final estão explicados no Centro Interpretativo do Azeite, inaugurado no domingo, 15, na Coutada.

Para o presidente da União de Freguesias da Coutada e Barco, Vítor Fernandes, esta é uma forma de “prolongar as memórias do património cultural aos tempos vindouros”.

O Centro Interpretativo do Azeite está instalado numa casa recuperada no centro da aldeia, com três pisos e terraço, na Rua das Laranjeiras, e representa um investimento de cerca de 200 mil euros, financiado em 80%, através da ADERES – Associação de Desenvolvimento Rural Estrela-Sul.

Segundo Vítor Fernandes, a Câmara da Covilhã apoiou com cerca de cem mil euros, destinados a financiar a componente própria e a criação dos conteúdos.

O autarca disse ao NC que o equipamento conta a história do azeite e das gentes locais e é uma forma de preservar a memória coletiva, muito associadas ao olival, não apenas na Coutada, mas nas localidades vizinhas.

Vítor Fernandes acrescentou que o espaço é valorizado pelos testemunhos de várias pessoas, com imagens e utensílios.

“A aldeia tem uma ligação muito próxima ao azeite”, referiu o autarca da Coutada e Barco. De acordo com Vítor Fernandes, o azeite era importante para a subsistência das famílias no passado, mas o novo espaço pretende ser também um incentivo para que que “os mais jovens aproveitem esta riqueza própria, retomando o que os pais e os avós faziam”, agora com novos métodos que facilitam a tarefa.

O presidente da União de Freguesias da Coutada e Barco considerou que o Centro Interpretativo do Azeite pode ser um elemento de promoção turística da localidade, mas realçou que não apenas só por si, mas se for integrado numa rede regional destes espaços, e desafiou o município a trabalhar nesse sentido, não apenas a nível concelhio, mas mais abrangente.

Para o autarca, o objetivo é que o Centro Interpretativo seja um espaço vivo, que liga “o passado ao presente”.

“É mais uma âncora em termos de desenvolvimento do território e um incentivo às novas gerações, para que continuem a promover a cultura do olival, tirando partido das novas técnicas que tornam este trabalho menos árduo”, sublinhou Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã.

O presidente do município salientou que o novo espaço “valoriza o território, a nossa memória e o nosso povo”, além de ser “uma celebração e uma homenagem a quem, ao longo dos séculos, trabalhou o olival, produziu o azeite e a quem o confeciona”.

É possível fazer visitas guiadas e eventos no Centro Interpretativo, mediante marcação, através do número de telefone 275 962 616 ou do endereço eletrónico info@ciazeite.pt. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, entre as 9:30 e as 17:30, com pausa entre as 12:30 e as 14:30.

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