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Concelho “entregue a um miúdo” está “melhor que nunca”

Presidente da mesa da Assembleia, Joaquim Domingos, vota favoravelmente documento depois de se abster, inicialmente. Flávio Massano diz que que “o que custa” à oposição é o sucesso governativo “de um miúdo de 33 anos”

O concelho de Manteigas, mesmo “com um miúdo à frente da Câmara” está “melhor do que nunca” e é isso que incomoda a oposição. Foi esta a opinião deixada pelo presidente da Câmara de Manteigas, Flávio Massano, na última assembleia municipal, a 22 de dezembro, em que o plano e orçamento para 2024 da autarquia, de 14,2 milhões de euros, apenas foi aprovado com o voto de qualidade do presidente da mesma, Joaquim Domingos.

O documento foi aprovado por maioria, com sete votos a favor, seis contra e seis abstenções. O presidente da mesa, que se absteve inicialmente, acabou por voltar atrás e votar a favor, dando assim um “voto de confiança” para que o documento passasse, depois de PS (que se absteve) e PSD (votou contra) terem deixado diversas críticas às opções da autarquia.

António Miguel Carvalho, deputado do PS, disse que a opção pela abstenção não foi por considerar que o orçamento fosse mau, mas sim por “não acreditar nele”, pois diz, as taxas de execução dos últimos anos têm mostrado ineficácia. Discordando, no entanto, de algumas obras, como a construções das “twin towers” da Matufa, habitação de um valor de 3,4 milhões, em vez de se apostar na requalificação de casas devolutas na vila. “Deveria apostar-se nisso em vez de se construírem dois mamarrachos” disse. O deputado garantiu que o PS estará atento à taxa de execução e que se esta for baixa, o próximo orçamento, de 2025, nem valerá a pena ser enviado, pois “o meu voto é de caras”.

Pelo PSD, Sara Ferreira lamentou que plano não tenha uma estratégia “clara de inovação e diferenciação”, e apesar de reconhecer alguma diversidade de investimentos, disse que a maioria das ideias e projetos são “embrionários”, pelo que a avaliação ao documento “é negativa”, aconselhando à apresentação de um novo orçamento.

Pelo grupo do Manteigas 2030, que votou a favor, Filipa Registo afirmou que este não lhe parecia um orçamento “feito à pressa”, que mostra “continuidade” no trabalho até agora desenvolvido e com projetos estruturais que “farão a diferença nesta década”.

Flávio Massano rejeitou algumas críticas, mostrou-se de novo convicto de que este é “um grande orçamento”, reconheceu que “não se consegue fazer tudo” de uma vez, mas garantiu que, quem observa Manteigas de fora, vê um concelho diferente. Para melhor. “É reconhecido por toda a gente lá fora que estamos melhor do que nunca. Pergunte a qualquer população aqui à volta. É isso que custa. Manteigas confiou a Câmara a um miúdo de 31 anos. Disse-se na campanha que o miúdo ia destruir o concelho, que não sabia o que estava a fazer, que não sabia o que era ser presidente de Câmara”, recordou, concluindo que “Manteigas, entregue a um miúdo de 33 anos agora, está melhor do que nunca, essa é que custa, e tenho dados que o provam. Mas não estamos satisfeitos, e, é por isso que neste orçamento temos 14 milhões de euros para investir na qualidade de vida dos que cá vivem e para comunicar Manteigas de outra forma”.

Com um empate na votação inicial, o presidente da mesa, Joaquim Domingos, fez valer o seu voto favorável, mas pediu a Flávio Massano que “assuma a sua responsabilidade para a execução deste plano, para depois lhe dar os parabéns”.

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