Um concerto da banda “The Gift”, protagonizado apenas em monumentos históricos, na noite de domingo, 17 de agosto, com lotação limitada, e bilhete extrafeira no valor de cinco euros, é a principal novidade, este ano, da 20ª edição da Feira Medieval de Belmonte, que decorre entre 14 e 17 desse mês.
Num ano em que assinala duas décadas, e em que também marca o fim do ciclo de governação de Dias Rocha à frente dos destinos da autarquia, o certame será inteiramente organizado pela Câmara e Empresa Municipal, sem recurso a empresas externas, tendo também como novidade o facto de todo o recinto da feira estar inteiramente fechado, com entradas pagas. “Este ano é da nossa inteira responsabilidade, sem parceiros a colaborar na organização. É a primeira vez que é totalmente fechada (no ano passado já houve ruas em que se entrava apenas mediante pagamento), será inovadora nesse sentido, e vamos ver se corre bem” explica o presidente da autarquia. O bilhete geral, para os quatro dias do evento, custa 6 euros, com direito a uma caneca, o bilhete diário, dois euros. Os visitantes, por dois euros, poderão comprar a caneca para utilizarem nas diversas tasquinhas existentes. “É uma prática que queremos ver com cada vez mais adesão, pois não gostamos de ver copos de plástico na feira, e podemos desse modo evitar que existam” frisa o autarca.
O tema, este ano, é a lenda da Fonte do Soldado, que existe em Belmonte, mas na casa de um particular. E em que, segundo rezam os ditos populares, uma fidalga, de modo a defender o seu território, o seu castelo, decepou a cabeça de um cavaleiro, com o corpo do mesmo a tombar para a referida fonte. “É um tema, para muitos, desconhecido, mas de grande significado para as gentes de Belmonte” explica Dias Rocha, que adianta existirem negociações com o particular que detém a referida fonte no seu terreno, para que a população a possa visitar.
Uma das mudanças é também a localização dos espetáculos. Se no ano anterior a maioria foi no anfiteatro do castelo, este ano, apesar de ainda por lá se manterem alguns, o palco principal estará montado fora da muralha, na encosta, de modo a que seja o largo adjacente o local em que as pessoas possam usufruir das performances. E haverá também mais palcos secundários montados pelas ruas do Centro Histórico. “Fizemos um inquérito no final da feira do ano passado, e era uma das queixas que havia, de haver ruas pagas, e outra não, com espetáculos nuns sítios, e nada noutros. Em termos logísticos é mais complicado para nós, mas faz sentido fechar toda a feira. Houve quem se queixasse da animação ser pouco visível, de estar centrada dentro do castelo, e penso que deste modo isso será melhorado” afirma o vice-presidente da autarquia, Paulo Borralhinho.
Orçada em cerca de 100 mil euros, a 20ª edição da Feira Medieval deverá contar com cerca de 120 expositores, entre artesãos, ou comes e bebes, contará de novo com parques de estacionamento de onde os visitantes poderão apanhar autocarros, ou o comboio turístico, que os encaminhe para o certame. A feira terá, pela primeira vez, na zona da Alameda, um torneio equestre. “Espero que seja uma feira útil para os feirantes, mas também para todo o comércio local, restauração ou alojamento, daqui. E que as pessoas aproveitem” afirma Dias Rocha.
Depois de alguns anos com apenas três dias, a Feira, este ano, volta aos quatro, aproveitando o feriado de dia 15, e contará de novo com vários grupos de animação musical, circense ou teatral. Os ingressos devem ser disponibilizados já a partir desta semana.