O concurso público para a segunda fase da Área Empresarial de Manteigas, que passa pela requalificação dos pavilhões da antiga fábrica Sotave, no valor de 560 mil euros, ficou deserto. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara, Flávio Massano, na passada quarta-feira, durante a reunião do executivo.
“Ficou deserto. Acredito que por uma questão de preço e de escolha. Vamos rever os valores e abrir um novo concurso” disse o autarca, que realça que, em termos nacionais, são diversos os concursos públicos para obras ao abrigo dos apoios do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) que não têm tido interessados. “Há municípios a anularem concursos porque já não conseguem fazer as obras dentro dos prazos, ou seja, até junho de 2026” disse.
A autarquia já investira cerca de 600 mil euros na primeira fase de requalificação desta área empresarial e também cerca de 120 nas obras de asfaltamento e arranjos exteriores da zona envolvente.
Em maio, o executivo aprovara por unanimidade o projeto de execução, caderno de encargos e programa de procedimento, do concurso público da segunda fase da requalificação da Área de Acolhimento Empresarial, uma empreitada que se prevê possa demorar até 300 dias, e onde para este ano de execução seriam utilizados 243 mil euros, e no próximo ano, 350 mil euros. “Aquilo que se propõe é melhorar ainda mais pavilhões, mais infraestruturas, que neste momento em termos de acesso praticamente não têm e é praticamente impossível aceder-lhes”, afirmou na altura Flávio Massano.
O objetivo é criar mais lotes empresariais, pavilhões e posteriormente mais postos de trabalho. No total de todas a fases, a previsão de investimento é de um milhão 280 mil euros.
Praça da Vila com 18 interessados
Já quanto ao concurso para as obras da Praça da Vila, no valor aproximado de três milhões de euros, para já, segundo Flávio Massano, cativou “18 interessados em analisar o processo”. O autarca mostra esperança que a obra possa ser adjudicada. “Esperamos ter respostas positivas” disse. A obra tem um prazo de execução de 730 dias e poderá ainda iniciar-se em 2025, embora o autarca local, Flávio Massano, acredite que seja um futuro executivo vindo das autárquicas de outubro deste ano aquele que irá começar a empreitada.
A requalificação da praça central da vila e da rua 1º de Maio prevê, entre outras coisas, um estacionamento subterrâneo, com 30 lugares, a edificação de um imóvel tipo monumento romano, zona para um quiosque, esplanada, espelho de água, criação de ilhas para esplanadas e a redução do estacionamento na rua. Um projeto que visa revitalizar o Centro Histórico e ordenar toda a zona central da vila.