Ficou deserto o concurso lançado pela Câmara de Belmonte para a requalificação de dois edifícios que lhe pertencem, que pretendia transformar em habitação a custos controlados. “Estamos convencidos que vamos encontrar” frisa Dias Rocha, que, contudo, garante que, uma vez que o concurso ficou deserto, a autarquia poderá eventualmente recorrer a ajuste direto.
A ideia é a de requalificar um edifício no Centro Histórico, na Rua 1º de Maio, junto ao Pelourinho, que outrora foi estação dos correios, onde se pretende construir seis fogos habitacionais, quatro de tipologia T1 e dois T0. E outro edifício que fica a caminho do Santo Antão, junto do antigo campo de futebol, hoje Praça das Descobertas, devoluto há já vários anos, para transformar em três habitações da tipologia T1. A Câmara, ao abrigo de um acordo de colaboração estabelecido entre com a Comunidade Intermunicipal (CIM) das Beiras e Serra da Estrela e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), já tinha cedido o direito de superfície para poder avançar para o concurso, mas não surgiu ninguém interessado em construir.
“Belmonte não é uma ilha. O que está a acontecer cá, está a acontecer noutros locais. O apoio não pode diminuir, porque nós não temos culpa” salienta o autarca belmontense, que, contudo, lembra que existem diversos projetos na habitação a custos controlados em andamento. “Temos a escola primária de Malpique (dois fogos), uma casa na escola da Gaia, outra na escola da Quinta da Pimenta e uma em Caria, já adjudicadas e com financiamento garantido” realça Dias Rocha. O autarca recorda ainda haver projeto para mais 30 casas em Belmonte, no Bairro do Olival Grande e 50 em Caria, na zona do Santo Antão. “Os timings são apertados, mas temos que acreditar”, frisa. O presidente da Câmara já salientou a necessidade de habitação no concelho, pois este é um “problema grave”.