O consórcio que explora a Pousada da Juventude da Serra da Estrela pediu ao Governo que prolongue o período de concessão, mas o secretário de Estado com a tutela, embora entenda “fazer sentido” o prolongamento do vínculo, não se compromete, devido a condicionalismos jurídicos.
João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, manifesta-se “cauteloso”, por a concessão ter resultado de um concurso público e a eventual prorrogação fazer com que outros interessados se sintam lesados.
“É algo que para mim faz todo o sentido. Há uma necessidade de investimento, há uma vontade de investimento da vossa parte, eu só faço uma ressalva, que tem que ver com as questões de carácter mais jurídico que se possam colocar e que condicionem a prorrogação deste mesmo prazo”, explicou o governante, na noite do último sábado, 16, durante a gala anual da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP).
A Pousada da Juventude da Serra da Estrela foi concessionada no início de 2016, por 15 anos, a um consórcio composto pela Federação Portuguesa de Desportos de Inverno, Câmara da Covilhã, a empresa Prumus e restam 11 anos de contrato, mas os responsáveis pretendem fazer obras de monta e querem dilatar o vínculo, para poderem recuperar o valor do investimento.
“Passaram quatro anos, faltam 11, o que significa que qualquer investimento que aqui façamos, para além do que temos feito, de maior monta, significa que não vamos ter tempo de recuperar o investimento”, sublinha Pedro Farromba, presidente da FDIP.
O prolongamento da concessão foi apresentada à Movijovem há dois anos, que ainda não se pronunciou.
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