A Câmara de Belmonte anunciou na passada quinta-feira, 28 de Novembro, que a vila vai ter um consulado do Brasil, uma decisão que já foi confirmada ao município pelas autoridades brasileiras e que o presidente da autarquia reputa de “muito importante”.
“A confirmação veio do próprio ministro das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Araújo, após uma reunião com o deputado federal Josias da Vitória, que tinha apresentado oficialmente o pedido, após uma visita a Portugal”, informa a Câmara em comunicado.
A informação salienta ainda que, nesta decisão “pesou a ligação histórica e cultural de Belmonte com o Brasil, por via de Pedro Álvares Cabral”, o navegador português que nasceu em Belmonte e que foi o descobridor do Brasil.
O presidente da Câmara, Dias Rocha, diz estar muito satisfeito com a decisão porque “era um sonho que tínhamos há muito tempo e que, em boa hora, se concretiza”. O autarca salienta ainda a relevância da estrutura terá para a comunidade brasileira que vive no Interior do país e que assim já não será obrigada a deslocar-se a Lisboa ou ao Porto para tratar de formalidades legais. “Temos a noção que há cada vez mais visitantes brasileiros e temos também a noção da grande quantidade de brasileiros que residem na região da Cova da Beira, em particular os estudantes da Universidade da Beira Interior e também os que cá trabalham. Além disso, também há uns milhares largos no eixo entre Portalegre e Viseu, que passam a ter este consulado para poderem resolver as suas questões”, fundamenta.
Lembrando que Belmonte ainda recentemente fez uma geminação com a cidade brasileira de São Paulo, António Dias Rocha mostra-se ainda confiante de que esta estrutura contribua para estreitar os laços entre os dois territórios. “Queremos incentivar cada vez mais os brasileiros que vêm a Portugal a virem também ao local onde nasceu Pedro Álvares Cabral e queremos que, tal como já fazem com Fátima, também transformem Belmonte em paragem obrigatória”, acrescenta.