Este ano, o ContraDança- Festival de Dança e Movimento Contemporâneo, realizado pela Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA) vai ter o maior número de datas na Guarda, e terá extensões em Gouveia, Fornos de Algodres e Covilhã.
A iniciativa, que decorre entre 19 de setembro e 14 de novembro, ao longo das suas anteriores 14 edições (esta é a 15ª) centrou sempre o maior número de espetáculos na Covilhã, algo que não acontece este ano, já que haverá apenas apresentações nos dias 10 e 12 de outubro, embora também estejam previstas outras atividades, como uma exposição de pintura, um debate sobre a programação cultural na Beira Interior (8 outubro), a Feira do Livro de Artes (10 de outubro e 14 de novembro), e as Jornadas de Literatura e Artes Performativas, (10 de outubro), na Universidade da Beira Interior.
O festival foi apresentado na semana passada na Guarda, onde a ASTA assinou com a Câmara local um protocolo de colaboração para a realização de iniciativas em 2025. Sérgio Costa, presidente da autarquia, afirma que este é um passo “significativo” na promoção da cultura na região, lembra que a Câmara sempre apoiou a criação local, mas “também queremos fazê-lo na criação regional, assumindo a capitalidade da Guarda.”. O autarca considera, em comunicado, que o ContraDança é “uma valorização da cultura local a todos os níveis e uma verdadeira montra artística no interior do país”.
Já Sérgio Novo, diretor artístico da ASTA, considera “significativa” esta ligação ao município egitaniense onde no próximo ano serão desenvolvidas várias atividades, desde residências artísticas a outras realizações em colaboração com o TMG.
Sobre o festival, a ASTA, em comunicado, garante que é uma forma de “desmistificar as artes contemporâneas numa aproximação ao público, fazendo-o sentir-se o elemento mais importante e estimulá-lo, porque não, para uma futura intervenção nos processos criativos”. Já o município da Guarda, também em nota de imprensa, diz que se trata de um festival “com uma base artística sólida, um espaço comum onde a palavra-chave é o movimento contemporâneo, onde a dança, a performance, o teatro, o circo contemporâneo, as medias artes e a música se combinam e conjugam”.
A programação tem início no dia 19, na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda (TMG), às 21:30, onde Jo Castro sobe ao palco com “Labia”, um encontro entre artistas multidisciplinares e transdisciplinares, “aliados a um pensamento transfeminista interseccional”. O festival prossegue dia 20, no Grande Auditório do TMG, com a peça “Distante”, pelo BalleTeatro do Porto, e em outubro, nos dias 03 e 04, com a Companhia de Dança de Almada.
Em Gouveia o ContraDança tem espetáculos agendados para os dias 26, 27 e 28 de setembro e em Fornos de Algodres para 27 de setembro.
Face ao acordo assinado, é também garantido que, em 2025, a 16ª edição do ContraDança terá epicentro na Guarda.