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Coro intergeracional criado para celebrar Abril

Músicos juntam-se a participantes entre os 6 e os 86 anos

São 115 os participantes no concerto único do próximo domingo, 21, “Gaivota de abril”, que levou a Banda da Covilhã a juntar pessoas de várias gerações, entre os 6 e os 86 anos, num coro comunitário criado para o efeito e que será acompanhado pelos músicos da filarmónica no espetáculo que assinala os 50 anos do 25 de Abril.

O evento, com um repertório de dez temas, oito deles associados à Revolução dos Cravos, realiza-se domingo, às 16.00, no auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.

O espetáculo resulta de um desafio da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso à Banda da Covilhã, instituição com 153 anos, para assinalar a efeméride, a que muita gente respondeu afirmativamente.

“A ideia de juntar gerações passa pela passagem de testemunho dos que realmente viveram o 25 de Abril e os mais novos, incluindo os seus pais”, sublinhou o presidente da Banda da Covilhã e diretor artístico da filarmónica, Eduardo Cavaco.

Além de oito músicas associadas à data, estão também a ser preparados cantares das beiras. O alinhamento baseou-se numa escolha que passa por “canções de outrora”, passando pelas senhas de Abril e temas como “Somos livres”, sendo que oito dos temas estão relacionados com a Revolução dos Cravos.

“Milho verde”, “Era ainda pequenino”, “As armas do meu adufe”, “A moda do entrudo”, “Canção de Embalar”, “Pedra filosofal”, “Vejam bem”, “Somos livres”, “E depois do adeus” e “Grândola Vila Morena” são os temas que se vão poder ouvir.

A maior dificuldade, dado o elevado número de participantes, de tantas idades, “tem sido conciliar os horários e disponibilidade de todos para ensaiar, mas tem sido possível e tem corrido bem”, garante o responsável.

Outro desafio foi “encontrar repertório que dê para todos, porque este é um concerto inclusivo e da cidade”.

O diretor artístico conta que se tem assistido a muita emoção e ao poder de a música “criar emoções, juntando gerações”.

“Até arrepia cantar a ‘Grândola’, principalmente os mais seniores. Até uma lágrima correu na face de alguns”, comentou Eduardo Cavaco.

Por outro lado, “a maioria das crianças já tinha ouvido as canções que irão interpretar, no entanto, os adultos e seniores acabam por de alguma forma ter um conhecimento diferente sobre elas e as reações têm sido bastante positivas”.

No espetáculo, ensaiado por Margarida Geraldes, no caso do coro comunitário, e a Banda da Covilhã pelo maestro Carlos Almeida, participam o solista Ruben Matos, as Adufeiras da Casa do Povo do Paul e utentes de lares.

De acordo com Eduardo Cavaco, o entusiasmo de alguns já fez participantes, sobretudo mais velhos, manifestarem a vontade de continuarem o projeto do coro comunitário criado para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos.

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