O Coro Misto da Beira Interior vai cantar na Missa do Galo na Igreja de São Francisco, na Covilhã, 23 anos depois de o ter feito pela última vez, informou o maestro, Luís Cipriano, ao NC.
O responsável recorda que a primeira vez que o fizeram foi na Palestina, em 1999, e, em 2000, cantaram na noite de Natal na Covilhã.
Espera-se que seja um concerto “especial”, porque “as pessoas estão com outro tipo de disposição”. O programa contempla música sacra, de Mozart, intercalada com algumas canções de Natal, segundo Luís Cipriano.
Caso não esteja a chover, está previsto no final da Missa do Galo o Coro Misto cantar duas peças à volta do Madeiro, no Jardim Público.
“O coro gosta de grandes palcos, mas sente que tem um papel social e que deve estar junto da comunidade”, refere o maestro.
No dia 16 a Associação Cultural da Beira Interior promove a 30.ª edição do Natal para Todos, iniciativa que pretende levar música a locais como estabelecimentos prisionais, lares ou centros de dia e ser “um cartão de boas festas”.
Este ano são três espetáculos. Primeiro no Lar do Tortosendo, às 10:00, depois em Vales do Rio, às 11:00, e às 15:00 no Lar de Sobral de São Miguel, este aberto à população em geral, com canções de Natal.
Num coro com vários jovens, Luís Cipriano frisa que muitos dos elementos não tinham ainda nascido quando se começou a fazer o Natal Para Todos e este é um momento em que se cumpre o papel social da Associação Cultural.
Nos primeiros de 13 concertos que o Coro Misto da Beira Interior tem agendados em dezembro, foi dado a conhecer o primeiro tema do programa a apresentar em maio do próximo ano, exclusivamente dedicado ao rock e ao repertório da banda britânica Queen.
“We Will Rock You” foi a primeiro amostra de um espetáculo que começou há pouco a ser preparado, deve integrar oito a nove canções e Luís Cipriano afirma ser “um desafio enorme”.
Para já estão a ser analisadas as canções, para perceber quais se adequam, por causa dos arranjos. Depois o Coro Misto fará um estágio para preparar esse programa, o que não é possível fazer nos ensaios normais.
O maestro elogia os “excelentes músicos” dos Queen e adianta que o desafio é ser fiel a essa qualidade, porque “não é fácil desmontar” harmonias que soam muito bem ao ouvido e voltar a montá-las.
Apesar de o Coro Misto integrar muitos jovens, o maestro diz que todos conheciam as músicas de uma banda conhecida mundialmente, o que não facilita a tarefa.
“Conhecerem não facilita, dificulta, porque eles têm determinadas melodias no ouvido e depois os arranjos poderão ser assim ou não. Essa é uma das partes difíceis do processo, porque, se não conhecessem nada, se estivessem em branco, seria mais fácil”, explica Luís Cipriano.
No dia em que passaram 32 anos sobre a morte de Freddie Mercury, o vocalista, o Coro Misto enviou para a produção da banda um vídeo do ensaio de “We Will Rock You” e, dois dias depois, recebeu resposta, “a felicitar e a dizer que foi fenomenal”, conta o maestro, segundo o qual esse gesto dá ainda ao grupo maior motivação para fazer esse programa exclusivamente dedicado a Queen.