A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira pretende, ainda em 2025, expandir o serviço de hospitalização domiciliária de cinco para dez camas operacionais e, posteriormente, para 20 camas em 2026, “numa trajetória de crescimento sustentado”. A intenção foi dada a conhecer na passada sexta-feira, 9, durante o V Encontro Nacional de Hospitalização Domiciliária, que decorreu no grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, durante o qual o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Santos Almeida, anunciou que foi dado parecer favorável a que nesta área seja criado um Centro de Responsabilidade Integrado (CRI).
O presidente do Conselho de Administração da ULS, João Marques Gomes, garantiu que mesmo antes de tomar posse a hospitalização domiciliária “sempre esteve na agenda deste Conselho de Administração” e que a ULS da Cova da Beira era uma das três unidades do país “sem este modelo de internamento ativo, o que reforçou a urgência em refundar este serviço, após uma experiência anterior”. O responsável frisou que, em tempo recorde, se relançou o serviço, que funciona há dois meses.
O diretor executivo do SNS, Álvaro Santos Almeida, enalteceu o papel de todos os profissionais envolvidos na hospitalização domiciliária: “O vosso esforço tem contribuído para uma resposta eficaz, segura e humanizada, permitindo que milhares de doentes recebam cuidados hospitalares no conforto das suas casas.” E sublinhou ainda que esta abordagem está no cerne da estratégia do SNS, centrada no utente e na valorização dos cuidados de proximidade.
De salientar que, em 2024, a hospitalização domiciliária atingiu uma capacidade instalada de 366 camas no SNS, tendo sido avaliados mais de 28 mil utentes e internados 11.500 doentes nas suas residências. Com uma demora média de internamento de 9,3 dias, estima-se que esta modalidade tenha evitado mais de 107 mil internamentos convencionais.
