O executivo da Câmara da Covilhã aprovou na sexta-feira, 19, na sua reunião pública, uma moção apresentada pelo próprio presidente da autarquia, Hélio Fazendeiro, que pede ao Governo a abertura de mais vagas para alunos nas instituições de Ensino Superior localizadas nos territórios de baixa densidade, ou seja, no Interior, contrariamente ao que está previsto no próximo ano letivo.
No documento, o autarca sublinha a importância que as instituições de Ensino Superior têm para o desenvolvimento do Interior do País e lembra que estas assumem “um papel absolutamente central enquanto âncoras de desenvolvimento regional, motores de conhecimento, inovação, emprego qualificado e dinamização económica”. “Não haverá uma verdadeira coesão territorial sem um Ensino Superior forte, atrativo e devidamente reforçado e não será possível ter um Portugal próspero sem um território coeso e harmoniosamente desenvolvido”,” disse Hélio Fazendeiro, que defende que as novas vagas a serem criadas sejam localizadas “preferencialmente” no Interior.
A proposta teve acolhimento no restante executivo, além da maioria socialista. Jorge Simões, vereador do PSD, disse que a moção “é pertinente” e que um ensino universitário mais pujante permitiria, na Covilhã, “alavancar a economia do concelho”. Já António Vicente, vereador do Movimento Independentes Pelas Pessoas (MIPP), pediu ao edil que o documento pudesse também reclamar mais verbas para a UBI, que vive “há muitos anos em subfinanciamento, e deficitária em relação a outras instituições”, disse o também docente universitário na academia covilhanense.
Hélio Fazendeiro lembrou que a moção toca ao de leve no assunto, já que também reclama mais verbas para as instituições, mas disse que no caso em concreto, da UBI, esta a incluir essa temática faria com que a moção “perdesse força”, misturando os temas, pelo que a proposta inicial é que acabou por ser votada e aprovada.


