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Covilhã cede escultura de Cristo ao Santuário de Fátima

O Museu de Arte Sacra da Covilhã cedeu, temporariamente, pelo prazo de um ano, a escultura de Cristo Crucificado ao museu do Santuário de Fátima, tendo a peça do século XVIII sido transportada na passada semana para o santuário mariano, a modo de integrar a exposição “Servir, a única pregação”, que está patente ao público na Basílica da Santíssima Trindade, até 15 de outubro de 2025.

A referida escultura irá estar lado a lado com obras de artistas como Artur Bual, Laranjeira Santos, Jorge Barradas, Ana Lima-Netto, João de Sousa Araújo, Luiz Cunha, António Teixeira Lopes, Clara Menéres, Paulo Neves, Pedro Calapez, Lígia Rodrigues, entre novas criações realizadas especialmente para esta exposição.

Com esta cedência pretende o Município da Covilhã “partilhar esta interessante peça com um público mais vasto, sendo de salientar que a última exposição temporária do Santuário de Fátima ultrapassou os 400.000 visitantes” frisa em comunicado.

A escultura de Cristo Crucificado, do século XVIII, de grandes dimensões, em madeira policromada, constitui, no Museu de Arte Sacra da Covilhã, o “elemento estruturante” da exposição permanente, ao ser apresentado como fonte dos Sete Sacramentos que são responsáveis pela distribuição das peças em contexto expositivo. Será substituído, durante este período de ausência, por uma reprodução fotográfica. “Esta escultura possui ainda um historial que a torna num dos principais símbolos da comunidade covilhanense, sobretudo no que concerne à memoria das Invasões Francesas” explica a autarquia.

A peça pertenceu inicialmente à Congregação da Ordem Terceira de São Francisco da Covilhã, cuja casa de despacho estava instalada no convento de São Francisco e depois à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Em 1911, com a lei de Separação do Estado e da Igreja, a imagem originará alguns conflitos em relação à sua propriedade. A Ordem Terceira, em ofício enviado à Junta da Paróquia, datado de 4 de fevereiro de 1918, reclama a posse do crucifixo, o que origina a resposta, de que por não constar dos inventários esta deveria ser diretamente reclamada ao pároco. O crucifixo deverá ter sido devolvido à ordem Terceira e colocado na sua casa de despacho, dependência que mais tarde se tornaria na sacristia da igreja paroquial e onde permaneceu até 2011, data em que a Paróquia permitiu o seu depósito no Museu de Arte Sacra da Covilhã.

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