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Covilhã desafia comunidade a criar peça de tapeçaria

"Tapeçaria comunitária" será criada no âmbito da FIADA, que decorre a partir de amanhã

O público que participar, a partir de amanhã, quinta-feira, 31, na FIADA- Feira Internacional de Artesanato, Design e Outras Artes, promovida pela Câmara da Covilhã, vai ser desafiado a participar na criação de uma peça de arte comunitária que terá elementos reciclados e que será produzida com orientação da designer e tecedeira Rita Martins Pereira.

Segundo a autarquia, já amanhã terá início o desenvolvimento da referida “Tapeçaria Comunitária”, um projeto sustentado em princípios e objetivos de “sustentabilidade”, “inclusão” e “identidade”.

Neste desafio, a designer apostará na criação de uma peça cuja conceção “integrará pedaços de antigas lonas e telas publicitárias, que já não tinham utilidade e que vão ganhar uma nova vida. Tal contribuirá para reciclar um produto que acabaria no lixo, reduzindo-se assim o desperdício e ajudando a preservar o ambiente” explica a Câmara em comunicado.

“O público visitante deparar-se-á com uma estrutura semelhante a um tear de grandes dimensões, junto do qual será convidado a participar na construção de um painel artístico de tecido.  Depois de introduzidos quanto às bases do ato de “tecer”, miúdos e graúdos explorarão o mundo das estruturas têxteis e da criação de padrões, como a sarja e o tafetá” adianta ainda. Um projeto comunitário pensado para divulgar junto da comunidade, “de forma lúdica, acessível e educativa”, a identidade e a história da Covilhã, tão ligada à indústria têxtil e de lanifícios e, consequentemente, ao design têxtil em Portugal e no mundo.

A tapeçaria será criada ao longo dos quatro dias do evento por todos aqueles que desejem contribuir e deixar o seu testemunho. O resultado desta atividade será posteriormente apresentado e ficará em exposição enquanto peça de arte pública e participativa.

A atividade é conduzida pela designer têxtil e tecedeira Rita Martins Pereira, considerada um talento emergente europeu pelo “Guia Homo Faber” da Michelangelo Foundation For Creativity & Craftsmanship, que celebra e preserva a mestria artesanal. Rita é, também, a responsável pela CrossLights, uma marca de acessórios de moda e têxteis executados artesanalmente, em tear manual.

Depois de uma primeira edição “de grande sucesso, com milhares de visitantes por dia”, a FIADA regressa até domingo, 3, no Jardim das Artes, integrando uma mostra de artesanato e design que reúne 40 artesãos de todo o país, além de exposições e instalações, oficinas e tertúlias e gastronomia. Junta ainda as cidades criativas da UNESCO, evidenciando o “potencial desta Rede para a valorização da Lusofonia”. Este não, a FIADA conta com representações de Brasília e Fortaleza (Brasil) – ambas Cidades Criativas da UNESCO em Design – bem como com representações de três Cidades Criativas portuguesas: Barcelos (Artesanato e Artes Populares), Caldas da Rainha (Artesanato e Artes Populares) e Idanha-a-Nova (Música).

O cartaz musical conta com as atuações de Cláudia Pascoal, Sara Correia e João Gonçalves e do projeto Musicalbi, entre outros.

 

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