Dar um sinal às famílias e empresas, fazê-las poupar dinheiro e contribuir para fixar pessoas. Estas foram alguns dos fundamentos apontados pelo presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, para justificar a decisão, tomada por unanimidade, na reunião pública do executivo de sexta-feira, 20, em manter no mínimo a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e continuar a isentar do pagamento da Derrama as empresas com sede no concelho.
“É uma medida fundamental. Todos sabemos os problemas que existem. Vivemos guerras que interferem, e de que maneira, com danos muito colaterais na economia, e deixamos de receber uma receita importante, mas consideramos que é um sinal que damos aos nossos concidadãos nesse mesmo sentido”, argumentou o edil.
O IMI para prédios urbanos mantém-se nos 0,3% e os prédios rústicos nos 0,8%, a taxa mínima permitida.
Também o IMI familiar vai continuar a ser aplicado nos mesmos moldes, com um desconto de 30 euros para famílias com um filho, de 70 euros para quem tem dois filhos e de 140 euros para quem tem três ou mais filhos.
No caso da Derrama, o lucro tributável das empresas, permanecem isentas do pagamento as que têm sede no concelho da Covilhã.
Para as empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros, a taxa reduz de 1% para 0,1% e as que movimentam mais do que esse valor o imposto mantém-se nos 1%.
Segundo o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, a decisão implica um valor estimado de 1,3 milhões de euros que não entram nos cofres do município, entre o que não é cobrado em IMI e Derrama, caso fossem aplicadas as taxas máximas.
“Vamos manter a taxa mínima, apesar de isso significar que a câmara passe a ter menos receita. Esta é uma forma muito virtuosa de empregar o dinheiro, fazendo-o poupar às famílias, às empresas, aos cidadãos e às instituições em geral”, disse hoje Vítor Pereira, durante a reunião pública do executivo.
De acordo com o autarca, esta é uma decisão fundamental para aumentar a capacidade das famílias “fazerem face a outras despesas” e pode contribuir para fixar pessoas no concelho.
“É dinheiro que todos aforram ou podem utilizar”, acrescentou o presidente da Câmara da Covilhã.
Os documentos seguem agora para a apreciação e votação da Assembleia Municipal, que se realiza dia 30, a partir das 10:00.