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Covilhanenses Ricardo Brancal e Manuel Ramos no Mundial de Esqui Alpino

Os covilhanenses Ricardo Brancal e Manuel Ramos disputam o Campeonato do Mundo de Esqui Alpino, que decorre em Courchevel e Méribel, França, com a presença de quatro atletas lusos.

Da comitiva portuguesa fazem ainda parte mais três covilhanenses: o técnico nacional, Sérgio Figueiredo, e os directores da Federação de Desportos de Inverno de Portugal Pedro Flávio e Pedro Farromba.

Depois de ter optado por competir apenas em slalom gigante, por não ter dias suficientes de treino, Ricardo Brancal, 26 anos, partiu com a promessa de “esquiar o melhor possível”, disse, em declarações ao Notícias da Covilhã.

Também ao NC, Manuel Ramos, de 20 anos, na estreia num Mundial de absolutos, apesar da muita experiência em provas internacionais sublinhou estar a “esquiar a um bom nível” e, embora não tenha um termo de comparação em termos de resultados, por estar a competir com os seus ídolos e as maiores referências na modalidade, conta “representar o país da melhor maneira possível”.

“É, sem dúvida, a competição de mais alto nível em que já participei”, acentuou o esquiador da Covilhã, que treina habitualmente em Jaca, Espanha. “Não sei como será a pista de prova, mas considero que estar a cerca de dez segundos por manga do primeiro classificado será um resultado ambicioso, ainda que possível, acrescentou.

Manuel Ramos, que entra em pista esta quinta-feira, na prova de qualificação do slalom gigante, com final marcada para sexta-feira, considera estar numa “época de transição”. “Marca o fim do ciclo olímpico Pequim 2022 e o princípio do de Milano-Cortina 2026. Senti a necessidade de baixar a intensidade de treino durante este ano, para me preparar tanto física como psicologicamente para os objectivos que se avizinham”, salientou.

Quinto Mundial do olímpico Ricardo Brancal

Com quatro presenças em campeonatos do mundo no currículo, além da participação nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, Ricardo Brancal é o mais experiente nestas lides, mas vem de uma paragem prolongada, por não ter conseguido conciliar o trabalho e os treinos, e optou por competir apenas no slalom, disciplina em que se sente mais confortável.

“Desta vez, não penso em resultados, mas sim em tentar esquiar o melhor possível, dentro dos meus limites”, vincou.

Apesar do estatuto de atleta olímpico, Ricardo Brancal afirmou não sentir uma maior responsabilidade, apenas tem vontade de “dignificar o país”, tendo em conta os quatro dias de treino feitos em dez meses, um cenário que pretende criar condições para mudar.

Brancal compete dia 19, em slalom, numa prova em que também participam Manuel Ramos e Baptista Araújo, residente em França. Ariana Ribeiro, a viver nos Estados Unidos da América, participa quinta-feira no slalom gigante e sexta-feira em slalom.

Objectivo é “melhorar a prestação de edições anteriores”

Segundo do presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), Pedro Flávio, o objetivo da comitiva portuguesa é conseguir melhorar a prestação de edições anteriores e o desempenho individual dos atletas.

“Nós temos noção da nossa realidade. Estamos a falar do Campeonato do Mundo absoluto, onde estão os melhores atletas do mundo. O nosso objetivo é sempre tentar fazer melhores resultados do que nas anteriores edições, é para isso que temos treinado, que temos investido na formação dos nossos atletas, para que estes consigam fazer boas prestações e tenham resultados que se coadunem com a nossa realidade”, salientou Pedro Flávio, em declarações à agência Lusa.

Para Sérgio Figueiredo, o técnico nacional, a ambição é os atletas terminarem “no top 60”, para poderem competir na segunda manga.

Se dentro de dois anos os olhos estarão postos na qualificação olímpica e em somar pontos FIS, da Federação Internacional de Esqui, calculados em função da distância para o primeiro, para já, a intenção é competir com os atletas de topo da modalidade, melhorar com a experiência em grandes competições e perceber qual o nível atual.

“A ideia é aferir o nosso nível com os campeões do mundo, comparando-nos diretamente com o melhor esquiador da atualidade. Conseguirmos saber a que distância estamos do campeão do mundo”, realçou o técnico nacional, Sérgio Figueiredo.

 

 

 

 

 

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