A retirada de amianto, há cerca de três anos, no pátio da sede do Centro Cultural Desportivo e Recreativo do Colmeal da Torre obrigou à deslocalização das crianças do pré-escolar, que tinham ali o seu espaço, para a antiga sede da junta de freguesia. Depois, meteram-se as obras de balneários e casas de banho que o clube queria levar a cabo e, feitas as contas, desde essa altura que os miúdos, nesta localidade, estão sem um espaço “normal” no que se refere ao ensino pré-primário, nem pátio onde possam brincar no recreio.

O tema já foi, por diversas vezes, levado à sessão da assembleia municipal por deputados da oposição, e na última reunião pública do executivo camarário, o presidente da União de freguesias de Belmonte/Colmeal da Torre alertou para a urgência em se realizar a obra, de modo a que as crianças possam voltar ao local que, curiosamente, ainda figura na página do município como jardim-de-infância do Colmeal, embora, na prática, há três anos não o seja.

“Há já três anos que estão na junta. Se eu quiser reunir lá com alguém, no salão, não posso, que estão lá as crianças. Se quiser fazer uma reunião descentralizada do executivo, temos que alugar um espaço. Já chega de ter os meninos fechados entre as quatro paredes do edifício” disse Hugo Adolfo.

Paulo Borralhinho, vice-presidente da Câmara, reconhece a urgência. “A pré-escola, na altura, teve que se fazer obra para retirar o fibrocimento que lá estava, e acrescentar umas casas de banho para o clube. Com essas obras, houve infiltrações, estragaram o piso, a pintura do edifício, o que veio atrasar. Agora é precisa uma intervenção mais de fundo para as crianças poderem voltar para o edifício. Vamos ter que dar prioridade. Vamos mobilizar as equipas para intervencionar. Esperamos ter tudo pronto no início do próximo ano letivo” garante.