Procurar
Close this search box.

Derrota em Felgueiras torna tarefa da subida quase impossível

Matematicamente, não é impossível. Mas, na realidade, só mesmo um “milagre” pode colocar o Covilhã na rota da subida, após nova derrota em Felgueiras. Serranos terminam primeira volta sem vitórias

Um “castelo de areia” que à primeira “pancada”, cai. Foi assim que no passado sábado, o treinador do Sporting da Covilhã, Francisco Chaló, caracterizou a sua equipa após mais uma derrota, desta vez no terreno do Felgueiras, por 2-0, em jogo da 7ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga 3.

Os serranos fecham a primeira volta da prova em penúltimo lugar, com quatro pontos, fruto de quatro empates, e três derrotas. Ou seja, não conseguiram vencer qualquer partida, estando neste momento a 12 pontos do líder, Lusitânia de Lourosa, e a 10 do segundo classificado (e terceiro, que dá acesso a play-off), Sporting de Braga B. Chega, por isso, a ser quase utópico pensar ainda, nas sete jornadas que faltam, numa possível subida de divisão, embora Francisco Chaló diga que é proibido “deitar a toalha ao chão, senão qualquer pessoa podia jogar futebol.  Jogar futebol quando se ganha, tudo é campeão. Nos momentos certos é que é preciso ser campeão” apela.

Quanto ao jogo, teve uma primeira parte de maior domínio dos nortenhos, equipa que ganhou, na primeira fase, facilmente, a sua série, mas que nesta segunda fase também só tinha ganho por uma vez e precisava de pontos para acalentar, também ela, o objetivo da subida. Os primeiros dez minutos foram de domínio total dos felgueirenses, mas depois o Covilhã começou a equilibrar a posse de bola embora sem criar grande perigo, tal como a equipa da casa.

Os golos, esses, só chegaram no segundo tempo. Mas antes do tento inaugural do conjunto da casa, o Covilhã voltou (como tem sido seu timbre esta temporada) a desperdiçar. Uma jogada bem delineada, logo no reatamento, com Traquina, na direita, a cruzar com peso e medida para a cabeça de Gildo que, sozinho, ao segundo poste, nem só não conseguiu acertar na baliza, como cabeceou tão mal que a bola acabou por sair pela linha…lateral do lado contrário. Na resposta, golo do Felgueiras. Jogada simples, com a bola a entrar na profundidade, no lado direito da defensiva serrana, e Ktatau a ganhar no corpo a corpo a Adams (que pareceu demasiado permissivo), a entrar na área e a rematar cruzado para o fundo da baliza de Makaridze.

Numa equipa que não contou com Elijah na frente de ataque (o escolhido para ponta-de-lança foi Chico Cardoso), Francisco Chaló, fez logo três mudanças de uma assentada após o golo sofrido. Adams saiu (ficou o Covilhã a jogar com dois centrais, Casagrande e Nuno Tomás), tal como Afonso Valente e Chico Cardoso, entraram Diogo Ferreira, Paulinho e Bruno Figueiredo. A equipa melhorou, teve dois contra-ataques em que, no último passe, a equipa falhou, e depois disso, nem mais uma aproximação à área contrária. Por seu turno, o Felgueiras recuou linhas, foi gerindo a posse e esperou por uma oportunidade para “matar” o jogo. Que surgiu aos 77 minutos. Canto na direita, primeiro desvio ao primeiro poste, de cabeça, e João Santos, nas costas, a só ter que encostar para o fundo das redes. Um golo que abanou tanto a equipa que logo na saída de bola consequente, Nuno Tomás perdeu a bola de forma infantil, dando hipótese a que Léo Cá, isolado, pudesse fazer o terceiro, com o avançado felgueirense na cara de Makaridze a desperdiçar.

No final, o treinador do Covilhã disse ter visto uma equipa que esteve “muito bem, excetuando os primeiros dez minutos, em que tivemos algumas dúvidas na saída de bola.” Para Chaló, o “canto do cisne” nem foi o primeiro golo do Felgueiras, mas sim a “falha escandalosa que tivemos para marcar o primeiro golo”.  Crítico, o treinador disse que o Covilhã “não pode ser o castelo de areia que desmorona ao primeiro revés”, pois isso “não se coaduna com o que é a dimensão do Covilhã.” No entanto, recordou que nos últimos 16 jogos, “o Covilhã ganhou três. Isto é histórico. E sintomático do que se passa.”

Na próxima jornada (8ª), os serranos recebem no domingo, 7, no Santos Pinto, pelas 19 horas e 30, a Académica, quinta classificada, com nove pontos. Na primeira volta os leões da serra empataram a zero em Coimbra.

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2024 Notícias da Covilhã