No ano em que completa 35 anos de existência, o TeatrUBI promove, entre 7 e 16 de março, o 28.º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, com a presença de nove companhias, que apresentam dez espetáculos, com entrada gratuita.
No festival vão estar três companhias profissionais, dois grupos colombianos e dois espanhóis, entre eles os Maricastaña, que há 27 anos marcam presença na Covilhã.
As sessões estão agendadas para o Auditório das Sessões Solenes da Universidade da Beira Interior (UBI), sempre às 21:30, e há duas estreias no Ciclo de Teatro.
O TeatrUBI – Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior, em parceria com a ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes, apresenta pela primeira vez, nos dias 7 e 8, a sua mais recente criação, “nó_cego”, uma encenação de Rui Pires.
De acordo com Rui Pires, é um espetáculo que “não parte de um texto, mas de ideias” e que é assente em binómios, como guerra/paz, amor/desamor, e é “pós-dramático, com mais movimento e menos texto”.
A Aula de Teatro Universitário de Ourense, os Maricastaña, estreia dia 15 de março “Desequilíbrios”.
A primeira das companhias profissionais, A Bruxa Teatro, sobe ao palco dia 10, com a peça “Chovem amores na rua do matador”, a companhia Baal 17 pisa as tábuas em 12 de março, com “A noite canta os seus cantos”, e os colombianos Teatro La Buhardilla apresentam dia 13 “Desconcierto para único ejecutante”.
No Ciclo de Teatro estará presente o grupo Sem Máscara, que pela primeira vez se apresenta fora do Porto, informou hoje, durante a apresentação da programação, o diretor do festival, Rui Pires.
O coletivo dá a conhecer “O despertar da primavera”, uma adaptação da peça de Frank Wedekind.
No dia 09 o TeatrUBI e a ASTA apresentam pela última vez o espetáculo estreado no ano passado, “Cuspir o coração”, dia 11 é a vez do NNT representar “25 fragmentos”, dia 13 os Azul Crisálida, da Colômbia, sobem ao palco com “La pavorosa epopeya de un soldado” e a programação encerra pela mão da Ala de Teatro da Universidade de Santiago de Compostela, que criou “Antropoloxia do Bico (a síndrome do túnel carpiano)”.
O diretor do festival salientou a “marca assinalável” que representa o TeatrUBI fazer 35 anos e a importância do grupo de teatro da UBI para dar “ferramentas de interação e de partilha com o outro”.
“É um marco assinalável considerável o grupo ter-se mantido estes anos todos. Ter chegado aos 35 anos é positivo e salutar”, referiu Rui Pires, segundo o qual o TeatrUBI conta atualmente com 14 alunos.
Segundo Sérgio Novo, diretor artístico da ASTA, companhia profissional da Covilhã que desde 2006 é parceira na organização do Ciclo de Teatro, o evento tem um orçamento de 38 mil euros.
O responsável, que também passou pelo TeatrUBI, salientou que se trata do “grupo de teatro universitário mais premiado internacionalmente”.