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Do mestrado em gestão à vida no campo

A Quinta do Tapado fica mesmo ali atrás do Data Center da Covilhã, na estrada que conduz até ao Ferro, mas é território da extensa Boidobra. Com vários hectares, onde a vinha, o olival e o pasto ganham a maior parte do terreno, a Quinta ganhou também uma nova agricultora, que se deixou apaixonar pela vida agrícola.

Ana Raposo, 24 anos, formada em Biotecnologia e com um mestrado em Engenharia da Produção Industrial, pela UBI, reconhece que a sua “essência vem das raízes deste local. É a terceira geração e não tenciono que seja a última. Quero essencialmente que as gerações que por aqui passam, acima de tudo amem esta terra, as suas histórias e o seu potencial”.

Foi por isso que depois de uma experiência de trabalho na Frulact, de quem guarda “saudades”, abraçou de corpo e alma o “projecto de família que assume e leva a cabo todos os dias com muito gosto e orgulho”.

O trabalho, na Quinta do Tapado, iniciou-se oficialmente em 2017. “Antes de ficar por aqui, tinha de ter outro patrão” diz Ana, que reconhece que a formação em biotecnologia poderá estar sempre “de mãos dadas” com as funções que ali desempenha, “desde a parte alimentar à parte animal”. Do mesmo modo, a engenharia e gestão industrial, que olha como uma “mais- valia não só a nível pessoal, mas também, e essencialmente, a nível profissional”.

A produção animal de gado bovino e ovino (leite e carne), os produtos hortícolas, os cereais, a vinha e o olival são para Ana Raposo uma realidade de sempre, porque como diz “nasci na quinta e aqui está a minha essência”. Por isso, na hora de optar por um futuro profissional, foi o amor pela terra e pela dedicação da sua família que a fez optar pela actividade agro-pecuária.

(Reportagem completa na edição papel)

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