São dois edifícios municipais, existentes na vila, que vão ser requalificados e intervencionados de modo a criar nove habitações, a custos acessíveis, ao abrigo de um acordo de colaboração estabelecido entre a Câmara, Comunidade Intermunicipal (CIM) das Beiras e Serra da Estrela, e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). As minutas dos contratos de constituição do direito de superfície foram aprovadas na passada quinta-feira, 24, na reunião pública do executivo.

Um dos edifícios fica em pleno Centro Histórico, na rua 1º de Maio, perto do pelourinho da vila (mesmo ao lado do candeeiro do Hannukah). Foi, outrora, a estação de correios, depois foi habitada, mas há já diversos anos que está desocupado e devoluto. Ali surgirão seis habitações, quatro de tipologia T1 e duas T0.

O outro edifício fica a caminho do Santo Antão, junto do antigo campo de futebol, hoje Praça das Descobertas. Devoluto há já vários anos, o mesmo será transformado em três habitações da tipologia T1.

A autarquia teve, no entanto, que ceder o direito de superfície ao IHRU. “Nós administramos a obra, mas o dinheiro é deles” explicou o vice-presidente da autarquia.

O presidente, António Dias Rocha, reafirma que a necessidade de habitação no concelho é um “problema grave” e anunciou que esta semana iria reunir em Lisboa, no IHRU, de modo a apresentar projeto para recuperação de mais quatro edifícios municipais, para se criarem mais cinco habitações, totalizando assim 14 casas. As mesmas passarão pela recuperação das antigas escolas primárias de Malpique (duas habitações), Pimenta e Gaia (um cada), e um edifício em Caria, junto à Casa Etnográfica (1).