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E do lixo se fez arte

A arte faz parte de Pedro Leitão desde que se lembra de ser gente e o processo criativo sempre o estimulou. É músico amador e a pintura é indissociável da sua vida, mas só recentemente decidiu explorar uma área que há muito apreciava: aproveitar o desperdício de materiais sem utilização para lhes dar nova vida e, com o lixo, construir peças escultóricas.

Com recurso ao estaleiro de Vila do Carvalho, onde é presidente da União de Freguesias, começou nos tempos livres a testar soluções, a experimentar. Pensou tentar fazer uma peça para oferecer à localidade e, ao mesmo tempo, tornar mais atractivo um recanto menos apelativo, em frente ao edifício da Junta de Freguesia. A ideia inicial foi dar forma a um sardão ou um lagarto, que tanto se veem nas imediações. Mudou de ideias por serem animais “muito uniformes, sem grandes pormenores” e por querer “uma estátua mais expressiva, com mais particularidades”.

Escolheu a iguana, animal que o filho sempre desejou. Não tinha a certeza se conseguiria, mas depois de ter a cabeça concebida e parte da estrutura, acreditou que ia ser bem-sucedido no novo caminho a explorar.

Desconfiança inicial generalizada

Se as dúvidas de Pedro Leitão sobre a capacidade de concretizar o plano se dissipavam, na população, que apenas conseguia ver lixo espalhado, a desconfiança era generalizada. O artista e também autarca, de 48 anos, com quatro anos de formação em Engenharia Civil, utilizou persianas, ferros de engomar, tambores de máquinas de lavar roupa, secadores, tubos de vários tipos, raquetes, bolas, matrículas de automóvel, papeleiras, telefones, torradeiras, peças ferrugentas de alfaias agrícolas, aspiradores, restos de cestas de compras, cadeiras partidas, capacetes, cadeiras de bebé e tudo o que encontrou de desperdício para dar corpo a uma peça com mais de dez metros de comprimento e dois de altura.

(Reportagem completa na edição papel)

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