Os políticos não são todos iguais. Essa é uma falsa crença que contribui para o imobilismo que favorece os mesmos, uma e outra vez. Quem o diz é Miguel Cardoso, o candidato do Livre às eleições legislativas. O professor fundanense, de 47 anos, lidera uma lista exclusivamente de independentes, sinal de que “há vida na política para além do carreirismo, do aparelhismo e dos jogos partidários”.
Candidata-se porque “não podemos limitar-nos a ser ´treinadores de bancada` e a criticar, seja no café ou no sofá”. “Temos de nos levantar e combater esta inércia que nos invade e tolda a democracia. Porque entendo que é necessário interromper esta alternância viciada entre PS e PSD”, sublinha Miguel Cardoso, para quem é imperioso “devolver a ética à política” e lhe custa ver o distrito dividir os quatro deputados eleitos entre dois partidos, “não porque sejam muito diferentes entre si, mas porque mal se conseguem distinguir”.
O candidato do LIVRE está convencido de que surgirão boas propostas de vários partidos, importantes para a região, embora recomende aos eleitores questionar a capacidade de cada eleito as concretizar, tendo em conta “a autonomia da sua voz face à lógica ou à subserviência partidária ou a quaisquer outros interesses menos claros que hoje teimam em moldar a sociedade”. Razão porque, considera, muitas acabem por “não sair do papel”.
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