A historiadora Elisa Calado Pinheiro preside à comissão responsável pelas comemorações do 25 de Abril na Covilhã, grupo de trabalho que conta com 18 pessoas e que estará em funções até ao Dia da Liberdade do próximo ano.
O anúncio foi feito pelo presidente do município, Vítor Pereira, na reunião pública do executivo de sexta-feira, 26, altura em que sublinhou a intenção de a comissão “promover um programa alargado”, articulado com as associações do concelho.
O presidente da autarquia invocou o passado de resistência do concelho à ditadura e enfatizou que “a Covilhã tem a obrigação e o dever de promover um programa especial”, que abarque “diferentes áreas e iniciativas”, que se pretende que sejam “o mais abrangente possíveis”.
“Deposito na comissão a maior esperança para levar avante estas comemorações”, disse Vítor Pereira, sem adiantar se o grupo já se encontra a trabalhar ou se alguma parte do programa já está definida ou gizada.
O autarca sublinhou ainda o desejo de “as comemorações do 25 de Abril serem um marco histórico” e que possam dar a conhecer a história aos mais jovens, porque foi uma data “que nos deu a liberdade”.
A Comissão das Comemorações do 25 de Abril integra ainda o antigo sindicalista e atual presidente da Inter-reformados Luís Garra, o professor de História Casimiro Santos, o antigo prisioneiro político e homem “que transporta em si os valores de Abril” José António Pinho, o também antigo prisioneiro político Pinheiro da Fonseca, o professor e historiador António Assunção e o desenhador e interessado pela História e arqueologia Francisco Geraldes.
Alçada Rosa, antigo vice-presidente da Câmara da Covilhã, e Ayres de Sá, ex-vereador com o pelouro da Cultura no município, também fazem parte do grupo de trabalho.
Em representação da autarquia integram a Comissão o presidente, Vítor Pereira, e os vereadores Regina Gouveia e José Miguel Oliveira. O presidente da Assembleia Municipal, João Casteleiro, fará também parte da estrutura.
Anabela Dinis representa a Universidade da Beira Interior, Isabel Fael o Conselho Municipal de Educação, Diogo Domingos o Conselho Municipal da Juventude e Pedro Leitão as juntas de freguesia do concelho.
O vereador da coligação CDS/PSD/IL Pedro Farromba criticou a maioria por não ter dado a conhecer nem ter discutido os nomes da Comissão aos eleitos da oposição, apontando para “dois lapsos democráticos” no processo.
Pedro Farromba censurou que a Comissão não tenha sido discutida com os vereadores da coligação, “o que teria mostrado respeito pelo órgão” quando se assinalam os 50 anos do 25 de Abril.
“O outro porque percebemos o espírito democrático elevado que denota o convite a pessoas de várias ideologias políticas e, especialmente, o convite a todos os vereadores do executivo e nenhum convite aos vereadores da oposição”, acrescentou Farromba.
Vítor Pereira respondeu que “Comissão mais plural, mais abrangente, mais transversal, não pode haver”.