“Há um novo aviso de abertura. Espero que seja desta, que seja o momento de recuperar uma escola centenária, uma das mais antigas, senão a mais antiga, do concelho”. O presidente da Câmara da Covilhã, Hélio Fazendeiro, anunciou na última reunião pública do executivo que, pela quarta vez, a autarquia vai candidatar as obras de remodelação da Escola Secundária Campos Melo.
As anunciadas, mas nunca cumpridas, obras de reabilitação do edifício há anos que têm sido reclamadas, com a anterior diretora, Isabel Fael, que se aposentou no final do ano letivo anterior, a lamentar ter saído sem nunca se cumprir este objetivo da comunidade educativa. A Câmara fez o projeto, tem preparado as candidaturas, de um edifício que é estatal, e não municipal, já candidatou a obra por três vezes a fundos comunitários, a última das quais ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas a obra teima em não ver a luz do dia, por falta de verbas. Hélio Fazendeiro já adiantou que os serviços do município estão a fazer uma revisão do projeto, em especial aos preços, de modo a que a candidatura não seja “desfasada” da realidade. Desta vez, a candidatura será feita ao Banco Europeu de Investimento (BEI), “com forte expectativa que seja aprovada e que a escola possa ser intervencionada” salienta o autarca covilhanense.
Hélio Fazendeiro recorda o passado e peso que a escola teve não só na Covilhã, como no País. “Foi determinante no panorama industrial dos lanifícios, era ali que se formavam os técnicos que permitiram aos lanifícios da Covilhã distinguir-se a nível nacional e internacional, e que, ainda hoje, está na vanguarda da formação educativa nas mais diversas áreas” salienta, assegurando que a autarquia “tem feito a sua parte” para que as obras possam ser uma realidade. A empreitada está estimada em cerca de três milhões de euros. Sendo um edifício estatal, o empréstimo ao BEI será liquidado pelo Governo, segundo o autarca.

