Numa cerimónia singela, como seria do seu agrado, está agendada para esta quarta-feira, 25, pelas 11 horas e 30, a recepção, por parte da Biblioteca Municipal da Covilhã, de todo o espólio de Humberto Correia Morão, um escritor covilhanense, mas acima de tudo um “homem da Covilhã”, que faleceu a 31 de Maio de 2019.
Uma maneira de assinalar o dia em que Humberto Morão completaria 95 anos de vida, caso ainda estivesse no mundo dos vivos, e sobretudo, o concretizar do desejo do ex-colaborador do NC. “Era, e sempre foi, o seu desejo. Que todo o seu espólio fosse para a Câmara. Andava sempre a avisar-me: Guarda, que isso é para o arquivo” frisa Odete Morais, uma das duas sobrinhas.
Segundo ela, trata-se de um espólio cujo valor monetário não está calculado, mas o sentimental “não tem preço”. “Há desde livros muito antigos, jornais, recortes de jornais, enfim, muito acervo documental. Andei a organizar tudo o que estava em casa dele. Tudo o que dizia respeito à Covilhã, ele guardava. Era um apaixonado pela Covilhã” conta Odete Morais. Que revela ainda qual era o gosto de Humberto Morão: “Sem teve muito gosto que as pessoas pudessem ver as coisas. O saber, não era só para ele, era também para os outros. Só assim, para ele, o saber tinha significado” garante.