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Estado “nada fez de substancial” para defender imprensa

Dia Nacional foi assinalado na Covilhã

“Marcas de referência, jornais com dezenas de anos e títulos centenários vivem momentos de grande incerteza, enfrentando um horizonte marcado pelo enfraquecimento das suas redações e pela ameaça à sua sobrevivência”, sublinhou Cláudia Maia, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API), na celebração do Dia Nacional da Imprensa, na passada quinta-feira, 7.

Com o mote “50 anos de Abril: jornalismo, liberdade, sustentabilidade, responsabilidade”, o evento teve lugar no Auditório Municipal da Covilhã.

“O Estado, que se tem mostrado tão empenhado em celebrar Abril, nada fez de substancial para defender a imprensa. As alterações recentemente aprovadas no orçamento para 2024 não trazem medidas estruturais, não espelham os anseios e nem respondem minimamente às sucessivas reclamações e reivindicações do setor”, prosseguiu, considerando que a imprensa tem sido “ignorada e desvalorizada por sucessivos governos” e relembrando que é nos territórios de baixa densidade populacional que se tem assistido “à morte lenta de dezenas de títulos de jornais”.

Apesar das dificuldades do setor, a representante da API explica que “os editores assumiram um compromisso: valorizar as carreiras dos seus jornalistas, não obstante o aumento de responsabilidade e de encargos que estas medidas representam para estas empresas”.

“A defesa da imprensa obriga a medidas corajosas, que permitam a sua sustentabilidade económica e social, pois só assim será possível reforçar as condições que lhe permitem cumprir a sua função”, diz Cláudia Maia, exigindo “medidas de apoio claras e transparentes” e invocando que é “uma desculpa sem sentido” dizer que a independência da imprensa pode ficar comprometida.

Sérgio Gomes da Silva, presente na sessão em representação do ministro da Cultura, relembrou algumas das medidas que já foram tomadas a favor do setor. “No Orçamento do Estado para 2023 foi possível um aumento significativo nos incentivos à comunicação social, cerca de 12,5%, tendo aumentado em 500 mil euros”, disse.

“O Governo também aprovou, no início do mês de novembro, o Plano Nacional de Literacia Mediática, que poderá ser um importante contributo para desenvolver a perceção de que é necessário valorizar os meios de comunicação social, a imprensa em particular, nesta sua função de informação e contributo para a democracia”, enumerou o responsável.

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