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“Estou muito feliz com aquilo que tenho”

Francisco Chaló garante ter um grupo que, apesar de jovem, é muito aguerrido. E descarta alguma ida “ao mercado”, a menos que surja alguma oportunidade. Equipa “está boa para o momento” de enfrentar sábado o Sporting B

“Não estamos à procura de nada”. É esta a garantia deixada pelo treinador do Sporting da Covilhã, Francisco Chaló, quanto à eventualidade de ainda reforçar o plantel que, no próximo sábado, às 11 da manhã, no Santos Pinto, faz a sua estreia na Liga 3, frente ao Sporting B.

À margem da cerimónia de assinatura da Carta de Princípios da Liga 3, na passada segunda-feira, 29, o técnico serrano fez uma pequena análise ao plantel que tem às ordens para iniciar o campeonato. “Estou muito feliz com aquilo que tenho” garante Chaló, que apenas admite uma nova entrada face a “aquilo que possa aparecer, se for possível”. Ou seja, apenas alguma oportunidade que possa acrescentar valor à equipa dentro da política desportiva definida para esta temporada, de grande aposta em jovens e jogadores de escalões inferiores.

“Queremos um plantel a querer não só o primeiro lugar no fair-play, mas também em termos desportivos. É uma equipa nova, que ainda vai crescer, mas com gente muito aguerrida e positiva. A equipa está boa para o momento” afiança Francisco Chaló, após a pré-época e o confronto com a equipa B do leão de Alvalade.

Sobre os jovens que integram o plantel, vindos da formação, garante que só estão “porque têm qualidade para isso”. “Não há diferença entre quem veio de fora e os jovens que cá tínhamos. Não há distinção entre os da formação e os outros. Só estão cá porque têm efetivamente valor para estar” afiança, lamentando, contudo, que equipas que têm formações B possam ter um espaço competitivo para dar aos jovens que o Covilhã não pode ter, por falta de condições logísticas. “Só temos 23 possibilidades de inscrição. Devia haver uma diferenciação dos atletas formados no clube para que pudessem ter espaço de competição e não só de aprendizagem” afirma.

Sobre a série do Covilhã, onde há históricos como Belenenses, Atlético ou Académica, Chaló garante que nada disso pesa para o campeonato. “As dificuldades estão sempre presentes. A história vale o que vale. No ano passado, o Covilhã era a equipa com mais história na Liga 3, com muitos anos de Segunda Liga e isso nada quis dizer” recorda.

Marco Pêba, presidente da direção, diz-se satisfeito com o grupo de jogadores conseguido. “Temos gente de escalões inferiores que se quer mostrar. O objetivo é ganhar ao Sporting B e ir jogo a jogo, para ficar, para já nos quatro primeiros” frisa.

O clube serrano, que no ano passado foi distinguido pela Liga 3 pela defesa de valores como o fair-play, assinou na segunda-feira uma carta de princípios que, segundo Ana Ribeiro, da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não é mais que aceitar defender valores como o respeito pelo adversário, o desportivismo e o ganhar, mas sem ser a todo o custo. “O Covilhã tem sido um verdadeiro exemplo destes valores, com o fair-play no máximo” afirma, lembrando a distinção entregue ao emblema serrano na última temporada.

Marco Pêba garante que o clube quer “fazer o bem” no futebol e assegura manter acções de envolvência com a comunidade, desde campanhas de angariação de bens para associações, idas à prisão ou o apoio a cidadãos com deficiência. “Isto não é só futebol, são também as pessoas” lembra.

Francisco Chaló classificou a assinatura como um “pró-forma”, já que os valores de cidadania já deviam ser inerentes a quem promove o fenómeno desportivo.  “É daquelas coisas que já devia existir sem ter que ser assinado. É preciso é passar da teoria à prática. Estou orgulhoso de estar num clube que o faz de forma categórica” salienta.

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