O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, considera que a Europa deve dar exemplo, remunerando “os serviços de ecossistemas” e penalizando “quem não faz bem”. Foi isto que o autarca disse na passada segunda-feira, 25, dia em que aquele concelho raiano recebeu o Prémio de Produção Biológica 2023.
“Em nome da biorregião de Idanha-a-Nova, quero hoje agradecer à Comissão de Agricultura da União Europeia por este reconhecimento que faz aos agricultores/produtores/empresários europeus, que todos os dias promovem as boas práticas agrícolas, de transformação e de serviços, amigas da nossa saúde e do planeta”, afirmou Armindo Jacinto.
Idanha-a-Nova venceu o prémio de melhor biodistrito biológico, na segunda edição dos Prémios Europeus de Produção Biológica. Entre os projetos inovadores promovidos pela ecorregião, encontra-se o Idanha Green Valley Food Lab – Incubadora de Empresas de Base Rural, a funcionar em 800 hectares que são explorados por 55 empresas, das quais mais de 90% em modo de produção biológico, o que permitiu criar a maior área de produção de mirtilos da Europa.
Idanha-a-Nova foi o primeiro município português a integrar a Rede Internacional Biorregiões, cujo objetivo passa pela implantação de uma estratégia de desenvolvimento sustentado no território.
Em comunicado, o autarca idanhense afirma que “são estes europeus, que com as suas boas práticas, em modo de produção biológico, promovem a geodiversidade e a biodiversidade, descarbonizam, regeneram os solos, preservam e fazem bom uso da água e energia”. “A Europa tem de dar o exemplo e remunerar estes serviços de ecossistemas e penalizar quem não faz bem. Tem de proibir o uso de fitofármacos na agricultura e na transformação, como o Glifosato, que a OMS [Organização Mundial da Saúde] considera ser carcinógeno e nocivo para o ambiente”, sustenta.