A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai propor a classificação como monumento de interesse público (MIP) da Fábrica de António Estrela/Júlio Afonso, na Covilhã.
Segundo o anúncio publicado na passada quinta-feira, 10, em Diário da República, está em causa o projecto de decisão relativo à classificação daquela fábrica, bem como a fixação da respectiva zona especial de protecção (ZEP).
O espaço em causa agrega a componente fabril e o projecto criativo New Hand Lab, e o pedido de classificação de interesse público partiu da actual direção da fábrica, em parceria com a Câmara da Covilhã, revelou o proprietário, Francisco Afonso, quando o processo foi desencadeado.
Na altura, o empresário destacou a importância da classificação, lembrando que está em causa um edifício de 1853, que ainda mantém a actividade fabril no sector têxtil e dos lanifícios, e que encerra uma “memória única”, nomeadamente ao nível da maquinaria e dos arquivos. “É um processo relevante, porque pode ajudar a reconhecer e a preservar a memória da fábrica, que é também a história das pessoas que ali trabalharam e trabalham, e da própria cidade”, aponta. Além da componente fabril, o espaço também integra o New Hand Lab, que se apresenta como um local que promove a criatividade e as iniciativas dos criadores locais.
O despacho agora publicado e assinado pelo director-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, refere que a proposta de classificação teve parecer positivo da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura.
A informação acrescenta que os elementos relevantes do processo (fundamentação, despacho, proposta das restrições a fixar e planta com a delimitação dos imóveis e da proposta de ZEP) estão disponíveis nas páginas electrónicas da Direcção-Geral do Património Cultural (www.patrimoniocultural.pt), da Direcção Regional de Cultura do Centro (www.culturacentro.gov.pt) e da Câmara Municipal da Covilhã (www.cm-covilha.pt). Além disso, o processo administrativo original está disponível para consulta, mediante marcação prévia, na Direcção Regional de Cultura do Centro, em Coimbra. A consulta pública terá a duração de 30 dias úteis.