Divulgar o artesanato nacional e internacional, “colocando em evidência os artesãos e a relevância do design na conceção, inovação e comercialização dos seus produtos”. É este o grande objetivo da Fiada – Feira Internacional de Artesanato, Design e Outras Artes, que se realiza entre 31 de agosto (próxima quinta-feira) e domingo, 3 de setembro no Jardim das Artes e na Biblioteca Municipal.
Organizada pela Câmara da Covilhã, no âmbito da Covilhã- Cidade Criativa da UNESCO, a feira contará com 40 artesãos de todo o país que mostrarão trabalhos nas áreas do têxtil, cerâmica, madeira, serralharia artística, design têxtil, de moda, equipamentos ou mobiliário, entre outros.
Segundo Regina Gouveia, a vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da Covilhã, a inovação e o contacto com outros criadores podem ajudar a potenciar a inovação e a Fiada pretende ter o papel de estimular o diálogo e dar ferramentas para facilitar a “reinterpretação do artesanato” e, dessa forma, os artesãos poderem “ampliar o seu mercado”. “O artesanato, nos moldes mais tradicionais, não chega a alguns segmentos das comunidades e, através da sua atualização, pode conseguir interessar a outros mercados. Pode haver uma relação mais efetiva entre o saber tradicional e o criar em conceitos de modernidade”, salientou a autarca na apresentação do certame.
A autarca acentuou os “passos à frente” dados na “afirmação da dimensão internacional” do evento, com a presença de duas cidades brasileiras que, à semelhança da Covilhã, têm o selo de Cidade Criativa da UNESCO na área do design, Brasília e Fortaleza, assim como o acolhimento do Peninsulares – Encontros Ibéricos de Arte Têxtil Contemporânea. De acordo com Regina Gouveia, “a dimensão internacional é um passo muito importante na feira” e é nestes moldes que se perspetivam as edições seguintes. “Nesta segunda edição, a dimensão internacional vai estar assumida de forma muito mais evidente, porque teremos duas cidades criativas da UNESCO do Brasil: Brasília e Fortaleza, que nos vão dar a honra de trazer o design e o design também associado ao artesanato”, realçou a autarca.
Regina Gouveia destacou a “componente formativa ampla” da Fiada, com várias oficinas agendadas para artesãos, para o público em geral e outras direcionadas para crianças, com o intuito de “as despertar para a estética” e para as pontes “entre a produção artesanal e o design”.
A vereadora explicou ter sido necessário alargar o espaço da Fiada do Jardim das Artes à Biblioteca Municipal, para onde estão previstas oficinas, tertúlias, exposições e instalações. A atribuição de um prémio pecuniário de 500 euros para a melhor peça de artesanato, que alie a inovação a traços identitários da Covilhã, é outra das novidades.
Em termos musicais, o concerto de Cláudia Pascoal, dia 1, é o grande destaque. No dia seguinte, actua Sara Correia.
Ao palco sobem também os Musicalbi e o músico covilhanense João Gonçalves, numa segunda edição da Fiada que tem como novidade o Palco Tradições, por onde vão passar Noa Noa, as Adufeiras de Idanha-a-Nova, Tremissis Ensemble e Casa Comum, uma programação da responsabilidade Cidade Criativa da UNESCO na área da música, Idanha-a-Nova, uma das convidadas para o evento.