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Feira Medieval anima Belmonte entre sexta e domingo

Pela primeira vez, evento tem entrada paga, mas autarca não receia que isso afaste visitantes. E garante uma feira mais animada, com menos “períodos mortos”

Será uma feira com “mais animação” e “menos períodos mortos”. A garantia é deixada ao NC pelo vice-presidente da Câmara de Belmonte, Paulo Borralhinho. A vila é palco, entre sexta-feira, 9, e domingo, 11, de mais uma edição da Feira Medieval que, este ano, pela primeira vez, é paga na totalidade do recinto, algo que o autarca acredita que não afastará visitantes.

“São valores simbólicos (dois euros por dia e cinco para os três dias). É também uma forma de tentar ter alguma receita para também podermos investir mais na feira, no futuro. Não considero que o valor seja significativo para afastar as pessoas. Não é por dois euros que as pessoas não vão vir da forma que têm vindo. A feira é reconhecida, as pessoas gostam, não acho que esse aspeto pese. Se vierem ao primeiro dia, e virem como está a feira, vão querer vir nos outros dias todos” garante Paulo Borralhinho.

Que também assegura que este ano, o certame será mais animado que em anos anteriores. “Vamos ter mais espetáculos, uma aposta maior, com mais diversificação pela feira, com mais palcos, para que haja constantemente espetáculos, ritmo maior e menos períodos mortos, que foi o defeito que encontrei na anterior” afirma o autarca. “Temos mais animação, mais grupos, por isso esta aposta. O que pretendemos é que as pessoas entrem na feira e em cada sítio que vão estejam a acontecer coisas. Antes tudo se concentrava muito dentro do castelo, que no ano passado era a pagar. Este ano pode-se desfrutar de tudo, pois estará espalhado pela feita toda” adianta ainda.

Com cerca de 110 expositores, a feira, este ano, conta a história de quatro mulheres “fortes” dos tempos antigos da vila: as esposas de João Fernandes Cabral, Pedro Álvares Cabral, Luís Álvares Cabral e Fernão Cabral. Paulo Borralhinho lembra o impacto “social e económico” que a feira tem para a vila e elogia a elevada participação da população no casting para escolher as caras do cartaz, com 51 inscritos, um recorde de participação até agora. Maria João Martinho, Inês Reis, Joana Lourenço e Renata Franco encarnam as personagens de D. Constança Eanes de Loureiro, D. Teresa de Andrade, D. Isabel de Gouveia e D. Joana Coutinho, numa feira em que se exalta a “vertente feminina” da época medieval. Uma história que é o seguimento do cartaz de 2018, em que o mesmo personificava os quatro alcaides de Belmonte. “Agora contará a história das suas esposas e da sua influência no povoado da altura” frisa a autarquia, em comunicado.

A maioria dos espetáculos será concentrada na zona mais central da vila, na zona do castelo. “Quem vier nestes dias, vai encontrar muita animação e muita música. Vai estar sempre a acontecer qualquer coisa nos pontos todos da feira”, garante o vice-presidente da Câmara de Belmonte.

A Câmara de Belmonte espera receber “milhares de visitantes que todos os anos acorrem a este evento, que é já uma referência a nível nacional e é uma das mais antigas feiras medievais do País”. A Feira Medieval de Belmonte tem, este ano, um orçamento de cerca de 100 mil euros.

O arranque está marcado para sexta-feira, 9, às 18 horas, com um cortejo pela rua mais central da vila, a Pedro Álvares Cabral, em destino ao castelo. Do programa fazem parte, ao longo dos três dias, animação de rua, voos de águias, oficinas de falcoaria, tiro com arco, passeios de burro, um castelo medieval, danças da corte, saltimbancos e malabaristas, torneios a cavalo, espectáculos de fogo, teatro, concertos entre outros. Na sexta-feira há ainda uma ceia medieval dentro do castelo, que carece de inscrição prévia.

 

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