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Feira medieval de Belmonte com quatro dias mas metade do orçamento

É uma certeza: Belmonte volta a ter, este ano, a sua feira medieval dentro dos moldes habituais, depois de dois anos sem a sua realização habitual (apenas foram promovidos pequenos espectáculos de rua em 2019 e 2020), face à pandemia provocada pela covid-19.

A confirmação foi deixada na passada quinta-feira, 23, na reunião pública do executivo belmontense pelo presidente do órgão, Dias Rocha. Num encontro em que foram aprovadas por unanimidade as normas de participação para feirantes e expositores do certame, que é apresentado de forma oficial no próximo dia 7 de Julho.

“Este ano vai haver feira medieval, de 12 a 15 de Agosto, como era costume. Depois de dois anos de interregno, estamos com muita expectativa e optimismo. As pessoas que venham, participem, se divirtam, porque esta era uma feira já com algum reconhecimento e tradição” afirma António Dias Rocha. Que durante a reunião considerou que a população já está “ansiosa” por esta realização, a mais importante, actualmente, na vila, e que apesar da covid-19 não ter ainda acabado, as pessoas andam “já mais à vontade”.

“Teremos uma feira digna, e espero que com muita gente. Estamos entre as cinco melhores do País e temos que manter o nível” garante o autarca, apesar de alguma contenção com os gastos. “Vai haver uma redução orçamental, mas não é significativa. Também tínhamos a noção de que havia coisas que se estavam a repetir demais, como o assalto ao castelo, uma repetição sem razão de ser. Vamos ter artesãos, animação de rua com vários grupos, várias características. Espero que as pessoas se divirtam, os feirantes ganhem dinheiro, e se sintam bem. Não há um limite orçamental, apenas o limite que estamos a por em tudo o que fazemos, tendo em conta as dificuldades que estamos a ter, pelo compromisso que achámos que devíamos ter de regularizar as nossas dívidas para com a Água do Zêzere e Coa, que já andava nos seis milhões de euros” afirma Dias Rocha.

Que aponta para um orçamento de cerca de 50 mil euros, o que, tendo em conta o divulgado em 2019 (entre 90 a 100 mil euros) representa quase metade do valor. Mas o objectivo mantém-se: “divulgar e promover a nossa terra, de modo a que as pessoas saiam de cá e digam que vale a pena vir a Belmonte. Que se sintam atraídas a cá vir.”

Recorde-se que em 2019, uma das novidades da 16ª Feira Medieval foi o facto da animação ter sido tratada por uma entidade privada, fora da esfera da Câmara e Empresa Municipal. Nesse ano o certame durou cinco dias, tendo como tema central “A lenda do Manel”, baseado na história de um senhor de Belmonte que foi combater no Norte de África, foi preso pelos muçulmanos, viveu vários dias fechado numa arca e aí pediu muito a Nossa Senhora da Esperança. “Essa arca um dia voou até Belmonte e onde caiu foi edificada uma capela” contava a história.  Nesse ano, milhares passaram pelas tasquinhas e restaurantes típicos, compraram artesanato nas cerca de 136 barracas montadas na zona histórica.

Na quinta-feira, o regulamento aprovado por unanimidade contou com uma alteração. Se, no passado, as barracas de comes e bebes pagavam 250 euros, este ano pagam 200, de modo a haver uma diferenciação para com os restaurantes, que mantém o valor de taxa de 350 euros. Uma proposta do vereador Carlos Afonso que acabou por ter acolhimento, já que segundo ele, pagava-se quase tanto por três metros quadrados de espaço como por 48.

Dias Rocha adianta que haverá jantares medievais no castelo, à semelhança do que se faz na feira de Pinhel, e que a grande aposta não serão os grandes espectáculos, mas sim a animação de rua.

 

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