“Festa das luzes” numa espécie de Natal judaico

Evento arranca no domingo, 14, com a tradicional distribuição de bolos à população

É uma das novidades deste ano: mediante marcação, a população poderá, no próximo dia 21, a partir das 14 horas, visitar a Sinagoga de Belmonte, uma das únicas na região, que marca a presença do povo judaico no concelho. É esta uma das vertentes da Festa das Luzes, que a Câmara de Belmonte promove, mais uma vez, entre 14 e 22 deste mês.

O arranque, no próximo domingo, 14, é às 18 horas, no Largo do Pelourinho, com o acender da primeira luz do candelabro de nove braços ali localizado, e com a distribuição gratuita de bolos à comunidade, uma tradição judaica desta altura do ano, que coincide com o Natal cristão.

A Festa das Luzes”, ou “Hanukkah” em hebraico, assinala a libertação e purificação do Templo de Jerusalém e a revolta contra os selêucidas liderada por Matatias Macabeu e os seus cinco filhos, conforme está descrito no Antigo Testamento. “Após a libertação do Templo, verificou-se que só havia azeite suficiente para manter a chama eterna acesa por mais um dia. Contudo, a chama ardeu durante oito dias, o tempo necessário para se fazer e consagrar mais azeite para o Templo” explica a história desta tradição judaica. Trata-se de uma festa marcada “pelo clima familiar e pela grande alegria” em que um candelabro de nove braços é usado, com o acender de uma vela por dia, “recordando os oito dias em que a chama ardeu milagrosamente.” O nono braço do candelabro, colocado no centro e o mais alto de todos, é o shamash, a vela que é usada para acender as restantes.”

Assim, ao longo de toda a semana serão acesas, sucessivamente, as luzes do candelabro, sempre ao fim da tarde, com iniciativas que passam pela música ou teatro, dinamizadas por associações locais. No dia 18, às 17 horas, é inaugurada a exposição “A luz que transforma o lixo em luxo”, de Inês Ferreira, artista angolana radicada em Belmonte, que promoverá também oficinas em que, através da arte, se transforma “lixo em luxo”. Para estas oficinas, é também necessária inscrição prévia, tal como nas visitas à Sinagoga, no site do município.

Segundo a autarquia, momentos “únicos, compostos por atividades culturais, que reforçam a identidade judaica de Belmonte” e uma “oportunidade para viver a história, a fé e a alegria desta festividade num ambiente acolhedor e cheio de luz.”

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