Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia e Figueira de Castelo Rodrigo vão ser palco da 13.ª edição do contraDANÇA – Festival de Dança e Movimento Contemporâneo, que apresentará um total de 12 espetáculos, entre dança, música, teatro, novo circo e performances.
Organizado pela ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes, com sede na Covilhã, este evento decorre entre amanhã, terça-feira, 27 de setembro e 08 de outubro.
Como é habitual, manterá o maior número de apresentações na Covilhã, cidade onde nasceu, e volta a contar extensões que passam por concelhos do distrito da Guarda, indo pela primeira vez até Figueira de Castelo Rodrigo.
“Estamos a alargar a nossa área de influência e isso é motivo de satisfação e também é sinónimo do reconhecimento do trabalho da ASTA e do próprio festival”, aponta o diretor do contraDANÇA, Rui Pires.
No total, o programa é constituído por 12 espetáculos e terá 14 apresentações, visto que, duas produções infantis vão subir ao palco duas vezes para responder à procura. “Desde a primeira edição que, uma das preocupações deste festival é chegar aos mais novos, numa tentativa de criar novos públicos e, quem sabe, futuros criadores”, afirmou.
Detalhando que, no total, serão abrangidas 500 crianças do segundo ciclo de escolaridade, reiterou a importância de criar elos de ligação entre os mais novos e o mundo do espetáculo, principalmente nos concelhos do interior.
No que concerne à programação, Rui Pires explicou que todos os espetáculos têm um “cariz contemporâneo”, sendo “muito diferentes” do conceito típico de teatro, mas estando adaptados aos locais onde vão ser apresentados. “São espetáculos para as pessoas interpretarem, analisarem e sentirem. Para relacionarem com o seu dia-a-dia”, referiu, dando como exemplo dois espetáculos de novo circo (E-nxada e Rasto) que foram feitos a partir do mundo rural, cenário que também marca o universo local.
Por seu turno, Sérgio Novo, diretor da ASTA, destacou a pluridisciplinar do festival, a integração da componente formativa e pedagógica e a capacidade de alcançar novos públicos.
Orçado em 50 mil euros, o festival arranca na terça-feira,27 de setembro, com a apresentação, às 14:30 e às 15:30, em Figueira de Castelo Rodrigo, do espetáculo “Medos da Matemática”, pela ASTA. A mesma produção volta a subir ao palco no dia seguinte, em Fornos de Algodres, às 11:00 e às 15:00. Para as 21:00, também em Fornos de Algodres, está marcada a apresentação de “E-nxada”, pela companhia Erva Daninha, seguindo-se, às 22:00, o espetáculo de música “Concerto”, por Disco.Voador.
No dia 29 de setembro, o Agrupamento de Escolas do Teixoso (Covilhã) será o palco da peça “King Kong”, pela associação Alma D’Arame. A 30 de setembro, às 21:00, em Gouveia, é apresentado o espetáculo de novo circo “Raiz”, por Circo Caótico. No dia 01 de outubro, também em Gouveia, “Rasto”, da companhia Erva Daninha, sobe ao palco às 21:00.
Depois, a 04 de outubro, o festival fixa-se na Covilhã, apresentando, às 18:00, o espetáculo de dança “Prenúncio de uma profunda melancolia”, por Bruno Senune. Segue-se, às 21:30, “O Globo de Saramago 1993”, pela Leirena Teatro. No dia 06 de outubro, às 21:30, será apresentada a peça “À Flor das Águas”, pelo Teatro Estúdio Fontenova. “An Artisit is Always Working”, por Pedro Barreiro, está agendado para dia 07. A programação fecha no dia 08 de outubro, com a apresentação de “Falsos Amigos”, por Guillem de Palol e Miguel Pereira.
A maioria dos espetáculos tem entrada gratuita, havendo apenas três situações em que há bilheteira, com um custo de seis euros, sujeito a desconto de 50% para estudantes e idosos. Os trabalhadores das artes e dos espetáculos e os portadores do cartão “Amigo ASTA” não pagam.
Em paralelo, também vai decorrer a primeira edição das Jornadas de Literaturas e Artes Performativas, que resulta de uma parceria entre a ASTA e a Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior, para levar a cabo ações científicas e académicas, que decorrem entre os dias 04 e 08 de outubro.